quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Espetáculo



Aproveitem...
Eu me emocionei, ri, chorei, senti saudade!
Voltei para casa comovida com minhas lembranças,
com as lembranças compartilhadas.
No aconchego do lar, abracei e beijei os meus e a mim.
Um sentimento de casa, chá e bolinho nos invade e a vida fica mais sentida,
mais amanhecida, a gente pensa no tempo, esse nosso eterno amante.

Sônia Gabriel

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Escambo 49



Novo Escambo.
Uma delícia de trabalho, acabei de ler o meu e viajei no tempo.
Tem um para quem quiser saber como se organizava
 a vida da sociedade em Paraibuna, em 1907.
Quem leva?


Paz e bem!
Sônia Gabriel

Depoimento de Ester Quadros sobre as lendas do Mistérios do Vale.



Caros amigos, abaixo o depoimento de Ester Quadros sobre seu competente trabalho na Casa Vó Laura. É muito gratificante saber que o trabalho que fazemos contribui muito além do que podemos imaginar.
Agradeço muito.
Paz e bem!
Sônia Gabriel



"Oi Luminosa Sonia,
bom dia.

Parabéns por seu trabalho inspirado no compromisso com a história, com a memória coletiva e minhas melhores vibrações de sucesso com os seus projetos, sobretudo a nova edição dos Mistérios do Vale.

(...)Tem a minha admiração e fraternura,

Ester Quadros"







O RECURSO DAS LENDAS DO LIVRO MISTÉRIOS DO VALE.

Na Casa de Repouso Vó Laura, realizamos encontros com abordagens grupais, que caracterizam uma roda de conversa. A finalidade dessas abordagens é promover uma estimulação global para se manter um bem estar geral. O público atendido são os idosos residentes, atualmente com 18 pessoas, 13 de feminino, 5 masculino. O público atendido, são pessoas com mais de 60 anos, que precisam de cuidados de terceiros devido aos estados de patologias crônicas agravadas com o avanço da idade ou com patologias relacionadas ao processo de envelhecimento, sendo na maioria com vínculos familiares e com baixa renda e escolaridade.

O objetivo das intervenções utilizando a contação de histórias, como as lendas do livro Mistérios do Vale, estão relacionados a recuperação e atualização da memória social, cultural, bem como da história de vida.

Apresenta-se a lenda através da leitura escolhida pelo grupo participante. Em seguida se inicia a conversa, com abordagem dialógica, para estimular com o uso do recurso de técnicas de reminiscências fazendo perguntas que remetem as recordações que passam a ocorrer no momento atual promovendo a atualização da memória cultural e a recuperação de um identidade pessoal. E realizado o encontro semanal, e estimula também o aspecto sócio interativo, e cognitivo pertinente as necessidades de atenção as formas adaptadas e possíveis para auxiliar na reabilitação no sentido de minorar as perdas cognitivas, sociais e funcionais no dia a dia.

O maior benefício é a atualização da memória social e cultural, indicada na melhoria de auto estima e sentimento de pertencimento a sociedade.

As pessoas idosas residentes atualmente são de origem das cidades do Sul de Minas, de outras aqui do Vale, como Caçapava, Paraibuna, e cidades do interior do oeste Paulista.De modo geral os contos do livro Mistérios do Vale, remetem as lembranças integrantes da memória coletiva, e promovem

um resgate desta memória no seu contexto cultural, permitindo uma atualização que promove imediatamente a melhoria da auto-estima pois reativa no interior da pessoa sua reserva humana.

Profissionais Responsáveis pelo trabalho de Estimulação Global na Casa de Repouso Vó Laura- Assistente Social Gerontóloga Rosa Ester Quadros, Educadora Física e Gerontóloga-Ana Paula Melo Gomes- Parceria com a Secretaria Municipal de Esportes-SJC.

Citações Bibliográficas Sobre Reminiscências- “ Reminiscência é memória, lembrança, aquilo que se conserva na memória” é o ato ou o processo de relembrar o passado. ”Costuma ser uma ocorrência natural na vida de cada pessoa, mais notadamente freqüente á medida que avança o tempo de vida.” Essa capacidade de armazenar fatos e de relembrar eventos do passado são importantes indicativos da contribuição que pessoas com maior tempo de vida, idosas podem proporcionar ao desenvolvimento cultural na sociedade que vivemos.Cada história de vida é um importante recurso na construção de nossa cultura.”

Autora- Souza, Maria Elza- A arte de compartilhar memórias- Reminiscências integrando Gerações. Ed. Vozes-1999. Experiência- UFB- Tese dissertativa de mestrado.

Outra autora que enfatiza a memória coletiva, é a poeta Cora Coralina, quando cita-“ Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do passado antes que o tempo passe tudo a raso.”


Ester Quadros

Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Horácio.

 


(Jornal de Caçapava, 23 de setembro de 2011.)



A primeira vez que o vi, o achei um moço lindo. Coisas de menina, antes dos dez anos, que assistia Sítio do Picapau Amarelo e acompanhava Narizinho encantada com príncipes. Mas, não se enganem, não gostei dele. Estava me tirando a pessoa que eu tanto gostava. Minha Madrinha Maria.
Madrinha passava seu tempo entre o trabalho na fábrica e nos visitar, pois estava morando longe de sua casa paterna. De repente, lá vem ela com ele, um namorado. Horácio fazia tudo para nos agradar, meus irmãos já o adoravam, mas eu só notava que Madrinha vinha menos.  Meu pai dizia que era assim mesmo e para me irritar cantarolava que ela havia me trocado pelo namorado.
Para mim, aquilo era uma crueldade. Passado algum tempo começou em casa a conversinha pelos cantos sobre o casamento da Madrinha. Pronto! Agora tinha danado tudo. Casar? Ela não viria mais. Teria muito trabalho em casa, como minha mãe. Teria filhos, não haveria mais lugar para uma simples afilhada. Meu coraçãozinho de criança foi tomado de tristeza. Não podia nem olhar para o Horácio. Estava me roubando muito.
Quando eles vinham, eu pedia a benção, recolhia os agrados (que nunca faltaram) e ia para o canto. Ficava dali observando ele brincar com meus irmãos. Bobos, tinham se rendido por tão pouco, pensava rabugenta e enciumada. Então, aconteceu...
Foi numa manhã, eles sempre vinham de manhã, sábado ou domingo e ficavam conosco o dia todo. A casa ficava alegre, ambos cheios de novidades sobre o casamento. Ele se aproximou e me entregou o corte de tecido mais lindo que vi em toda minha vida. Era para minha mãe levar até a costureira e que se fizesse um vestido novo para que eu fosse ao casamento. Foi a primeira vez que um moço tão bonito e gentil me presenteou. Não consegui esconder a alegria com aquele pano delicado e todo para mim. Minha mãe me levou para tirar as medidas com uma de suas comadres. O vestido tinha comprimento de princesa, gravatinha como os das sinhás e eu me sentia a menina mais linda do mundo nele.
Usei muito aquele vestido, inclusive no casamento da Madrinha com o Horácio. O curioso é que devo ter ido a muitos casamentos, mas o primeiro que minha memória sempre se recorda é esse, por mais que me esforce. Madrinha passou a ter suas obrigações, seus filhos, mas nunca deixou de nos visitar. Eu demorei anos para começar a chamá-lo de Padrinho, mas a cada dia de convivência aprendia a amá-lo como se ama um pai. Quando meu pai faleceu, fomos ano a ano o colocando em seu lugar. Enquanto vivo, meu pai, certa vez, nos disse que se precisássemos de algo, e ele não estivesse presente, era para falar com o Horácio. Assim tem sido há décadas.
Não o procuramos mais por esse motivo, o procuramos para ter o aconchego de um pai. Ele sempre nos recebeu como filhos, e hoje também como avô, o vovô Horácio, acolhe cada um de nossos filhos. Horácio não tinha obrigação nenhuma com os primos e afilhada de sua esposa, mas nos amou e protegeu como pôde; sentimo-nos seus filhos e sua casa é nosso canto. Horácio é daqueles homens raros que nasceram para a paternidade, exercita-a com naturalidade de existência. Homem simples, de valores bucólicos, sente-se feliz por ter gastado tanto de seu tempo com os filhos que a vida lhe ofereceu, sem que ele precisasse aceitar.  Sente orgulho de cada um de nós quatro, acolhe nossas famílias, é íntimo delas. É nosso pai. Madrinha e Horácio sempre estiveram em nossas vidas: nos momentos de penúria, nas celebrações, nas festas e nos lamentos. Horácio me conduziu ao altar, recebeu meus filhos e faz parte de minha vida para sempre.
Graças por aquele dia em que Madrinha chegou em nossa casa com o moço tão bonito!

Sônia Gabriel

Santo de Casa: Complexo Vicentina Aranha 3.



Encerrando o dia, foi muito bom, cabeça mais arejada, pernas cansadas e alma leve!












É isso, bom passeio!
Sônia Gabriel

Santo de Casa: Complexo Vicentina Aranha 2.



Mais Vicentina Aranha...















Aguardem mais...

Santo de Casa: Complexo Vicentina Aranha 1.



Continuando com as imagens do passeio pelos parques de São José dos Campos, eis algumas do Complexo Vicentina Aranha. Cada um de nós tem um olhar, espero que gostem do meu e se motivem a visitar também.














Aguardem mais..

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dia do Rio Paraíba do Sul - 22 de setembro.

Rio Paraíba do Sul, Aparecida.
Vocês já conhecem bem essa imagem. É, ela esta sempre presente no blog e nos meus trabalhos.
Este rio encantado tem sido um caminho feliz para mim.
Tenho aprendido muito sobre e com ele. Professor paciente, me proporciona lições de vida e sabedoria como poucos de nós podem pretender fazê-lo.

Rio Paraíba do Sul, Guararema.

O rio tão magoado e maltratado, resiste. Encanta alguns, sensibiliza outros a alimenta a todos.
Meu encontro com ele, para além do presencial, tem sido também nos livros.
O Paraíba dos antigos cronistas e romancistas tem se revelado a mim como um presente.
Em Guararema, eu o vejo com olhos da alma. 

Rio Paraíba do Sul, Guararema.
Caminhar sobre ele, tão próximo, é uma experiência.

Rio Paraíba do Sul, em cada um de nós!

Ruth Guimarães e J B de Mello e Souza são os autores que mais me trouxeram o Paraíba ao coração.
J B o tinha como o melhor amigo que todos os meninos precisam. No final do século XIX, o Paraíba lhe era companheiro de estripulias e devaneios.

Rio Paraíba do Sul, São José dos Campos.
As viagens por crônicas, contos, romances, lendas  e poesias estão alimentando minha imaginação e o Paraíba, esse Moço Bonito encantado, nascerá com nova versão. 

Rio Paraíba do Sul, São José dos Campos.
 Hoje é dia do Rio Paraíba do Sul ( data instituída em outubro de 2005, pela Lei Estadual nº 12.094), mas ele permanece sempre. É vida, deve ser celebrado todos os dias. Dependemos dele, não podemos ignorá-lo, simplesmente.

Rio Paraíba do Sul, Queluz.
Que possamos no século XXI ter o olhar  apaixonado daquele Menino de Queluz (J B), do século XIX, olhar de amor por este rio sagrado.

Paz e bem!
Sônia Gabriel