sábado, 13 de junho de 2009

Fotos do colóquio no SESC

Foi ontem.Passei a semana toda na espera deste momento. O pessoal compareceu e participou, estava muito gostoso.
Foi muito bom estar ao lado da Ruth Guimarães, quando eu poderia imaginar tal momento? Já estivemos juntas mas não como colegas de trabalho, para mim foi o mesmo que ser diplomada.

Nem o frio segurou quem gosta de cultura, obrigada pela presença.

Rita Elisa, amiga em todos os momentos, cuidando da BABI.

Dyrce Araújo,na primeira fila, quanta honra!

Foi bom ouvir e contar, faltou tempo, sobraram histórias, precisamos nos encontrar novamente.

Eu,Ruth Guimarães e de preto, Darcy Breves, pesquisadora e professora em Caçapava.

Que foto maravilhosa!

Ontem foi aniversário da Ruth Guimarães, dia dos namorados, 89 anos. Comemoramos todos com ela. Não disse que foi um momento maravilhoso!

Eu e a escritora Zenilda Lua, um doce de pessoa, uma poesia.

Darcy Breves, eu e Ângela Savastano.

Poeta Moraes.

O encerramento, ficamos com gosto de quero mais.

Eu e Ruth.

Foi muito mágico para mim, nada posso dizer, nem saberia... Agradeço por ter vivido esse momento!Agradeço ao Ricardo e a Elisa por terem confiado em meu trabalho.
Paz e bem!
Sônia Gabriel

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Encontro no SESC - hoje!

Fonte: Jornal Valeparaibano, 10 de junho de 2009, acesso: www.valeparaibano.com.br

Espero vocês lá...
Paz e bem!
Sônia Gabriel

"Folclore
Lendas e mitos do Vale
Isabela Rosemback

Dois nomes que se dedicam a desvendar as lendas do Vale do Paraíba se encontram na próxima sexta-feira em um colóquio aberto ao público: Ruth Guimarães e Sônia Gabriel dividem uma mesa do projeto "Prazer em Receber", do Sesc, que tem como objetivo aproximar o público dos debates culturais.No espaço de convivências, elas se unem para repassar aos presentes o conhecimento que colheram ao longo dos anos por meio da oralidade do povo valeparaibano e dos documentos deixados por antepassados e pesquisadores.As duas se complementam de forma a compartilhar informações regionais com riqueza de detalhes ao alcance dos ouvintes. Duas gerações diferentes que se intercalam por um interesse comum, que é o de se aprofundar nos costumes da região.Ruth Guimarães é escritora renomada, com cadeira na Academia Paulista de Letras. Sônia Gabriel acumula os títulos de professora de história, socióloga e pesquisadora. Com esses currículos, elas afirmam que, apesar de as pessoas estarem despertando para a importância da valorização dos costumes daqui, ainda há muito a ser feito nesse sentido.

COLÓQUIO - A iniciativa do Sesc abre caminhos para a ampliação dessa consciência. "Essa abertura é muito boa, porque as pessoas da cidade ignoram o subterrâneo, o subconsciente. Elas devem tomar ciência dos mitos do lugar em que vivem porque eles são naturais e heranças dos negros e dos portugueses", disse Ruth.Na opinião da escritora, estamos longe de alcançar a civilização porque pouco conhecemos (ou respeitamos) sobre o que nos cerca. "Falta comunicação. As pessoas estão mais ligadas à televisão, onde assistem a programas que não têm o que comunicar", completou.Por isso ela fala com tanto orgulho, para quem quiser estiver disposto a ouvir, sobre elementos da memória caipira. Interessados devem esperar que nessa sexta-feira compareçam à mesa personagens como o lobisomem, o saci, a loira da rodoviária e a mula-sem-cabeça."Esses mitos mexem com a imaginação, principalmente com a das crianças. Conforme as pessoas vão conhecendo essas histórias elas vão se sentindo mais valorizadas e se identificam mais com o lugar em que vivem", disse Sônia Gabriel.Autora do livro "Mistérios do Vale", ela afirma que nos últimos cinco anos percebeu que faculdades e escolas da região têm incentivado a busca pelo conhecimento regional."Já dei palestras em cursos de Pedagogia e de História, onde futuros professores eram orientados a repassarem esse interesse em classe. Isso se torna o que chamamos de 'círculo virtuoso'", completou.O projeto "Prazer em Receber" do Sesc permanece até o final deste mês com outras ações que aproximam o público dos artistas e estudiosos da cultura. Para deixar os convidados à vontade, ele também estará servido café a quem participar da programação especial."

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mantiqueira - Poesia

Recebi este e-mail do pessoal da FCCR que estava organizando a tenda dos autores da região e não poderia deixar de registrar aqui.
Leiam, que delícia!

"O senhor Francisco, poeta de Campinas que estará conosco em São Francisco Xavier, nos brinda com uma poesia (que reenviamos a todos, conforme seu desejo)


MANTIQUEIRA

Nas frias manhãs de julho,
Quando o sol surge ao longe e imponente brilha
Com esplendor total a terra aquece.
Como se fosse uma enorme lareira,
Dissipa a serração e faz surgir uma linda visão.
Que mostra toda beleza das serras da Mantiqueira.

Com o verde das matas em seus cumes,
O lindo azul do céu fazendo fundo
E as flores do Inverno exalando seus perfumes.
Serve de inspiração para os poetas,
Faz suspirar os apaixonados
E é o cenário preferido dos artistas.

Essa imensa cadeia de montanhas.
Possui milhares de nascentes
E as águas que brotam das entranhas
Descem pelas encostas lentamente
Para nos vales se juntar.
E como um exército coeso,
Unidas correrem para o Mar.

A exuberância da fauna e da flora
Faz desta região uma das mais belas da terra.
A mistura do sangue do indígena nativo
Com o Europeu e o Negro Africano
Formaram este povo hospitaleiro
Trabalhador, forte, belo e altivo,
Que se orgulha de ser Brasileiro.

Mantiqueira, ligação de três Estados Brasileiros.
Seu escarpado começa no interior de Minas,
Passa por São Paulo e vai até o Rio de Janeiro.
Por suas trilhas passaram os bandeirantes,
Para buscar nas minas o ouro, o diamante.
E trazer os índios em fila amarrados
Escravizados, nus, desesperados.

Mantiqueira, berço da independência Brasileira.
Por suas Montanhas caminharam os Inconfidentes,
Propagando a união contra a opressão estrangeira,
Tendo à sua frente, o grande Mártir Tiradentes.
Esses heróis que não buscavam ouro, pura fantasia,
Foram degredados, e seu Líder na forca, valente pensava,
“Conquistaremos a Liberdade, ainda que Tardia”.


Francisco Alvarenga Campos-Campinas-2006"

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mistérios do Vale em Taubaté - 05/06/2009

Estive hoje em Taubaté para um encontro com os alunos do Fundamental I da Escola Municipal Professor Padre Ramon.
O evento foi organizado pela professora Patrícia. Tudo muito caprichado, a professora é muito interessada daí, alunos interessadíssimos. Cada pergunta deliciosa! Me realizei.
Foi uma manhã muito proveitosa.



A galerinha prestando atenção e se preparando para as perguntas.



Alguns pais também compareceram...



Organizados, pediram para que eu assinasse seus livros, trocaram informações e falaram dos contadores de histórias de suas famílias. Foram todos muito simpáticos comigo. Vejam quantas pessoas lindas!




A professora Patrícia, sua aluna e eu com a Bárbara (pode esse tamanho de gente!)...

Vejam a vista que estes alunos vivenciam todos os dias. Uma paisagem maravilhosa!


Todos estavam orgulhosos de seus livros e eu fiquei sorvendo a delícia que é participar da formação de um ser humano, muitos aliás. Privilégio de muito valor. Agradeço a todos o carinho, a consideração e por terem se divertido e gostado do livro, a intenção é esta.

Paz e bem!

Sônia Gabriel

terça-feira, 2 de junho de 2009

Para Guardar


Rita sempre nos brinda com textos magníficos, ser citada em um deles é uma honra, quero dividir esta alegria com vocês.
Sônia Gabriel

Gastronomia literária

Rita Elisa Sêda é poetisa, cronista e fotógrafa.
Fonte: Jornal Valeparaibano, 05/02/2009.


De repente me vi envolvida com a gastronomia literária. Isso mesmo. Ela existe. Só me dei conta disso agora, fui absorvendo tudo em doses homeopáticas. Acalentando a imagem de um fogão à lenha, panelas fumegantes, um livro, um caderno e um lápis. Todos fundamentais para uma criação, para um descobrimento, para filosofar, para cozinhar.
E, ontem, filosofando literatura, na companhia de muita gente inteligente, notei o quanto os dois universos se entrelaçam. Sim... foi quando no final da conversa, as pessoas se despediam, um amigo me segredou: 'tava muito bom, só faltou mesmo um bom chá e uns bolinhos'. Na mesma hora me veio a tentação de um prato cheio de bolinho de chuva. Se era porque estava chovendo, não sei. Só sei que me deu uma fome danada.
Saí dali direto para a lanchonete. E, lá, pude constatar minha teoria. Comida e palavras se dão bem. No guardanapo havia uma citação de Cora Coralina sobre a atenção à culinária. Uma amiga leu em voz alta. Eu já havia lido e relido aquelas palavras coralineanas durante anos, mas só naquele momento fizeram sentido para mim. O sentido maior. Só depois de ter vivido mais de 5 anos na cidade de Goiás e ter apreciado a culinária vilaboense para chegar ao sabor das palavras. Daí eu tomei um cafezinho, puro, fumegante, doce. Ele fisgou-me outra lembrança: Buenos Aires. Em cada esquina eu parava para tomar um café. Lá aprendi o requinte desse ato. Foi como entender Clarice Lispector que escrevia absorvida pelas palavras defumadas pelo cheiro do café, ou seria... absorvidas junto com um gole de café, ou melhor ainda... quentes como uma xícara de café. Não sei dizer, só sei que em qualquer uma dessas sinestesias a palavra está contida.
Voltando ao guardanapo. Depois de deixar minha impressão labial, bem rubra, na ponta do guardanapo, dobrei-o e o coloquei na bolsa. Um mistério é a bolsa de mulher. E, num estalo consegui entender a essência da alma de Cora e de Clarice: o fogão! Só quem ama um fogão pode entendê-las. Só quem já ficou horas e horas com o umbigo esfregando num fogão pode comer palavras. Pois ler e escrever, condiz com ... acender um fogo, aquecer a alma, colocar a panela no fogo, colocar as idéias para ferver, pegar a colher, pegar o lápis, mexer, escrever. Deixar apurar. Revisar o texto. Provar. Ler em voz alta. Servir. Publicar.
Agora eu entendo que a comida alimenta o físico, e as palavras alimentam a alma. Por isso Clarice disse que quando não escrevia estava morta, por isso Cora Coralina dizia que a culinária é tão forte quanto a literatura. Por isso ler e comer podem ser conjugados ao mesmo tempo, no mesmo espaço, sob o mesmo olhar e com a mesma satisfação.
Todos os dias converso com uma amiga vilaboense, ela sempre me atende com uma palavra de ânimo, e sempre pergunto onde ela está. Mesmo sabendo que ela está à beira de um fogão à lenha vigiando as palavras... ou melhor... as panelas. São coisas do Reino de Goiás!

O escritor Rubem Alves gosta tanto de culinária que criou o Dali, um restaurante onde o prato principal era a palavra. E minha querida Sônia Gabriel, para estreitar nosso laço de amizade literária me convidou para almoçar - detalhe, para compartilhar o comer foi preciso passar pelo fazer. Entre refogar um feijão, mexer uma panela de quiabo, temperar o frango e lavar o arroz muitas crônicas foram escritas.

Quem sabe um dia haverá mesmo um livro cujas páginas poderemos comer para saciar nossa fome de sabedoria, como aquele previsto por Monteiro Lobato. Já pensou em comer as páginas desse jornal? Sei que não... mas, aposto que ao folheá-lo a primeira coisa que lhe vem à cabeça é a imagem de uma fumegante xícara de café. Bom apetite.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Prazer em receber - SESC

Participarei deste evento no SESC - São José dos Campos, segue o convite e espero encontrá-los lá...
Paz e bem!
Sônia Gabriel


PRAZER EM RECEBER

Colóquio Lendas e Mitos do Vale


Dia 12/06 Sexta, às 18h30.

Com Ruth Guimarães e Sônia Gabriel. O Vale do Paraíba é parte de uma diversidade cultural que se reconstrói na oralidade rica de seu povo e ainda se manifesta nas rodas de conversa, nos causos e nas lendas que alimentam nossa imaginação. Ruth Guimarães é escritora e membro da Academia Paulista de Letras e Sônia Gabriel, professora de história, sociologia e pesquisadora. Vagas limitadas. Convivência.

Livre para todos os públicos
Grátis
Av. Adhemar de Barros, 999 Jardim São Dimas.
São José dos Campos - SP
Telefone: 12 3904-2000