O desafio da Cultura
Acabei de ler a matéria “Cidadão exige mais espaço e mais lazer”, jornal Valeparaibamo, 24 de agosto de 2008, escrita pelo jornalista Francisco Pereira, dentro da série Agenda 2012.
Quando conversei com o jornalista e ele me perguntou quais seriam os desafios da administração municipal para a cultura nos próximos anos, fui enfática em dizer que o grande problema é a comunicação. Não há como negar os investimentos que vem sendo realizados na cultura. Não tive há algumas décadas, quando adolescente, a possibilidade de participação e aprendizado na área cultural, nesta cidade, que vejo atualmente. Há espaços, bibliotecas, museus, arquivo histórico, diversos pontos na cidade onde estão à disposição, segundo informações do próprio jornal, 380 oficinas em 42 modalidades.
Mas a grande questão é a comunicação. Não são raros colegas professores e membros da comunidade reclamarem que não ficam sabendo de tal evento. O que acontece? Já tive este diálogo com profissionais de diversos setores da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e a resposta é sempre em tom de inquietação já que a FCCR divulga seus eventos e oficinas em jornal regional, no site oficial da instituição e no Jornal do Consumidor que pode ser encontrado em qualquer feira na cidade, além de manter vários informativos.
Participo de eventos de altíssima qualidade, e incentivo a participação de meus alunos. Mas é óbvio que, aprimorar em busca da qualidade deve ser sempre a meta de qualquer gestão comprometida. Valorizar a diversidade das manifestações culturais, principalmente. Tornar acessível a participação popular faz parte deste contexto e colocar-se à disposição para conhecer estes trabalhos deve fazer parte do contexto de nossos intelectuais.
Não obstante, já fui a palestras de renomados especialistas, nas mais diferentes e importantes áreas do conhecimento, que não contavam com mais que quinze interessados em seus auditórios.
O caminho está aberto. É preciso ampliá-lo, diversificá-lo e aprimorá-lo, sem elitizá-lo.
Desconsiderar os trabalhos desenvolvidos na cidade, onde as manifestações culturais populares são o cerne, jamais. Cabe a sociedade e principalmente aos professores, conhecer estas atividades, divulgá-las e incentivá-las, inferir no processo contínuo de resgate, preservação e valorização.
O caminho está aberto. É preciso ampliá-lo, diversificá-lo e aprimorá-lo, sem elitizá-lo.
Desconsiderar os trabalhos desenvolvidos na cidade, onde as manifestações culturais populares são o cerne, jamais. Cabe a sociedade e principalmente aos professores, conhecer estas atividades, divulgá-las e incentivá-las, inferir no processo contínuo de resgate, preservação e valorização.
Não é admissível educadores não conhecerem as atividades que acontecem na cidade, e elas acontecem, há uma constância, são de qualidade e desconhecê-las, até mesmo para estabelecer a crítica (que deve ser sempre bem vinda) pode caracterizar uma profunda falta de comprometimento para com a profissão que exercem. Não há Educação de qualidade sem Cultura. É totalmente improvável.
Procure conhecer, participar, analisar, oferecer sugestões e exigir diversidade dentro do direito que todo cidadão consciente e ativo tem de ter acesso à Educação e Cultura de qualidade.
Professora Sônia Gabriel
Membro do Instituto de Estudos Valeparaibanos
Um comentário:
Excelente o seu comentário sobre a educação e cultura.
São José tem atraído cada vez mais eventos para a cidade, no entanto, a falta de informação do público acaba frustrando os patrocinadores desses eventos e o público, principalmente os cidadãos que são ávidos por esses eventos, principalmente os culturais e educacionais.
Comunicar-se diretamente com o publico e criar mais espaõs para divulgação seria algumas das soluções para esse problema.
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