Voltando para casa.
Quem gosta de viajar conhece bem a sensação. Aquelas frases piegas “não há lugar como o lar”, “lar doce lar”. Ah! Quanta verdade! Aliás, há quem diga que o único lugar em que podemos ser realmente a verdade é em nosso lar.
É! Eu estou voltando para casa. Literariamente. Não totalmente, aos poucos com parcimônia (palavrinha antiga), voltando mais sábia e até mesmo mais esperta.
Lentamente volto para casa por opção e não por falta dela.
Tenho evitado grupos (ainda mais do que sempre fiz), tenho procurado aproximar-me de pessoas e manter-me em silêncio, diante daquelas mais inadequadas.
Nos últimos anos perdi um pouco (só um pouquinho, é bem verdade) a fé nos humanos. Ainda acho que gente é o que de melhor o mundo tem, mas hoje sei também que há “gentes” e “gentes”.
Balanço difícil de fazer. Mundinho difícil de viver.
Calma gente! Não estou desanimando do mundo. Não! Isso nem combina comigo, como diria meu filho. Estou apenas constatando as máscaras.
Quantas máscaras nos cercam todos os dias!
Quantas guerras por tão pouco ou quase nada, quando não por nada, se a sabedoria popular diz (e eu creio) “que o que é do homem, o bicho não come”.
Quanta gente que não se conforma com o que é seu e precisa, desesperada e patologicamente, do que é do outro também.
Quantas palavras desperdiçadas. Isso não! Palavras são alimento, quer se queira, quer não. Não se joga palavra fora. Não se gasta saliva em vão.
As máscaras! Cuidado com as máscaras! São belas e podem ser feras!
As máscaras caem, graças a Deus! Como as folhas no outono, as máscaras sempre caem! Mas até caírem quanto estrago, quanta dor distribuem?
E quando, finalmente, as máscaras caem o que sobra, quando sobra é o que de melhor o ser humano tem. Bom ou mau, dependendo do lado em que se está, no final sobramos nós mesmos, e não se deve ter medo do que se vai ver.
Na solidão (que não é ruim, aquela saudável, quase divina) de nos vermos realmente como somos, o belo se manifesta sempre, mesmo quando o rejeitamos porque deixamos de SER e estávamos preocupados em TER e muitas vezes aquilo que, talvez, só nos fizesse mal.
Nem um pouco pródiga estou fazendo o caminho de volta. Agora um pouco já sei, agora já sou e não preciso mais temer por mim, mas verdade seja dita, ainda há muito que temer por outros, porque o outro, “Ah! Meu amigo”, o outro sempre acaba em nós mesmos.
E não há ciência que possa alterar isto.
Ainda bem que podemos viajar e voltar. Que bom saber que há sempre para onde voltar de VERDADE.
Paz e bem!
Sônia Gabriel
soniamgabriel@itelefonica.com.br
É! Eu estou voltando para casa. Literariamente. Não totalmente, aos poucos com parcimônia (palavrinha antiga), voltando mais sábia e até mesmo mais esperta.
Lentamente volto para casa por opção e não por falta dela.
Tenho evitado grupos (ainda mais do que sempre fiz), tenho procurado aproximar-me de pessoas e manter-me em silêncio, diante daquelas mais inadequadas.
Nos últimos anos perdi um pouco (só um pouquinho, é bem verdade) a fé nos humanos. Ainda acho que gente é o que de melhor o mundo tem, mas hoje sei também que há “gentes” e “gentes”.
Balanço difícil de fazer. Mundinho difícil de viver.
Calma gente! Não estou desanimando do mundo. Não! Isso nem combina comigo, como diria meu filho. Estou apenas constatando as máscaras.
Quantas máscaras nos cercam todos os dias!
Quantas guerras por tão pouco ou quase nada, quando não por nada, se a sabedoria popular diz (e eu creio) “que o que é do homem, o bicho não come”.
Quanta gente que não se conforma com o que é seu e precisa, desesperada e patologicamente, do que é do outro também.
Quantas palavras desperdiçadas. Isso não! Palavras são alimento, quer se queira, quer não. Não se joga palavra fora. Não se gasta saliva em vão.
As máscaras! Cuidado com as máscaras! São belas e podem ser feras!
As máscaras caem, graças a Deus! Como as folhas no outono, as máscaras sempre caem! Mas até caírem quanto estrago, quanta dor distribuem?
E quando, finalmente, as máscaras caem o que sobra, quando sobra é o que de melhor o ser humano tem. Bom ou mau, dependendo do lado em que se está, no final sobramos nós mesmos, e não se deve ter medo do que se vai ver.
Na solidão (que não é ruim, aquela saudável, quase divina) de nos vermos realmente como somos, o belo se manifesta sempre, mesmo quando o rejeitamos porque deixamos de SER e estávamos preocupados em TER e muitas vezes aquilo que, talvez, só nos fizesse mal.
Nem um pouco pródiga estou fazendo o caminho de volta. Agora um pouco já sei, agora já sou e não preciso mais temer por mim, mas verdade seja dita, ainda há muito que temer por outros, porque o outro, “Ah! Meu amigo”, o outro sempre acaba em nós mesmos.
E não há ciência que possa alterar isto.
Ainda bem que podemos viajar e voltar. Que bom saber que há sempre para onde voltar de VERDADE.
Paz e bem!
Sônia Gabriel
soniamgabriel@itelefonica.com.br
2 comentários:
Oi Sonia, Bom dia!
adorei a Crônica.
bjs e bom domingo
Francisco Rolando
Muito bom o artigo " voltando para casa". E muito bom voltar de uma viagem para o nosso lar , doce lar, principalmente quando há algúem nos esperando.
Obrigada por mandar esse artigo . E por favor não se esquece de me enviar sempre seus artigos. Sou sua fã.
Obrigada por tudo,
Rieko
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