quarta-feira, 26 de maio de 2010

Filhos e letras


Ambos são planejáveis e podem ser inesperados.
Nascem naturalmente...
São arrancados de nossas entranhas,
forjam-se no íntimo de nossos desejos.



As calamos com rabiscos e corretivos,
eles impedem-nos gritos e gemidos desnecessários;
impelem-nos ao ofício do outono.


Elas sufocam-nos enquanto eles nos imploram, sob lágrimas,
atenção e o colo prisioneiro entre a cadeira e o teclado.
Ao rebento, respondo o que pergunta.
À atrevida, estendo os braços aos quais se joga
sorrindo e chorando,
representa seu papel.
Meu coração sucumbi, as letras recolhem-se, meu seio enche.
Ela se alimenta, dorme.


As letras que esperem!
Sônia Gabriel

6 comentários:

Anônimo disse...

Mesmo que suas letras desapareçam por anos...sua marca ficará em cada pedacinho de nossos seres ...
Sônia
um filho é um ...dois são meia dúzia ...mas também nossas emoções e felicidades serão inúmeras
fique tranquila ...daremos um jeito em TUDO ( ou quase tudo!)
Beijocas
Ana

Anônimo disse...

Até estou vendo a Babi querendo colo e depois mamando!
Realmente... as letras que esperem!
Estou aqui em Cachoeira Paulista, esperando pelas letras... também!
Beijos,
Rita

Anônimo disse...

Que lindo!!!

Saudades...

Um abraço, Karine.

Anônimo disse...

Parabéns pela poesia(...). Gostei.
Sodero

Anônimo disse...

Lindo!!!
Pércila

Roberta Fonseca Winter. disse...

Muito lindo. Parabéns e felicidades.