quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Para Bárbara
Bárbara Bela
Do norte estrela
Que o meu destino
Sabe guiar
De ti ausente
Triste somente
As horas passo
A suspirar (...)
(Alvarenga Peixoto: 1743-1792)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Fotos da Chegada das Bandeiras de Folia de Reis
Foi neste final de semana o encerramento do Ciclo de Natal, a Chegada das Bandeiras de Folia de Reis esteve emocionante, conforme relato dos participantes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK4gZvGS0zNt60CCyyaeQG0QJy3EtWjfLXgIbg0QXHyrbhJ_R2BYT6MgEKnAAx7IxCAxGZdgXxUbmLDY8tO2BXHOF6zla0Hnw34wXOlU86lkDkzXkGcEj_JB163A24-Z-X-iN_dN0fZv4/s200/a+001.jpg)
A minha festa começou no sábado, participamos dos ensaios para a apresentação de domingo. O convite veio da Dona Luiza e Senhor Vítor, fomos recebidos como nobres em sua casa, jantamos com todos (uma delícia) e nos deliciamos com a alegria, os cantos, a devoção e a energia de todos...
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Só Parati...
Nestas férias, realizei a vontade! Fomos por Cunha e voltamos por Ubatuba, viagem completa, o caminho em alguns trechos estava terrível por causa das chuvas, mas vale a pena insistir pela Estrada Real, é muito mais interessante.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheFqpX9zIgG1RRX-_UH0HF0vZvegrwXBT9BRc4t5IVaRaGgxZTU824MmfvCX5y1wobSQd1V1CjtrfKp74HnodAZkMpUQk3zp_l6gMWufMY7i7XFDa57jJWvjiKYLWtrB8I5EbFOxYH9zQ/s320/a+033.jpg)
A Rua Dona Geralda, cheia de moradores ilustres no passado e no presente, a casa de número cinco foi a que mais encantou o pequeno, a história do tipógrafo. A Rua do Fogo, da Praia, Fresca, do Mercado. As igrejas, cadeia, praças, monumentos... Tudo convida a uma viagem no tempo e na imaginação.
Valeu a viagem proporcionada pela longa pesquisa de Thereza e Tom Maia, como sempre.
Leiam o livro, façam o roteiro, vocês se encantarão.
Paz e bem!
Energia e disposição para este novo ano que já está sendo tudo de bom.
Sônia Gabriel
sábado, 10 de janeiro de 2009
Coluna Mistérios do Vale no www.portalpinda.com.br
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix6IqyTEvqnJGjTw9LxdlEaJLrFOvtX_nsMnO0AjdDA1p7Ujyiky3NXVJ2DWcjJH_2ZKhbXeosLsIaKKEKpnT62OGaimRpuq9WzKsFD4G2mtEHBr84UcFXz3kQSe5wNocyMPIYi5UbHaA/s200/topo_r1_c1.gif)
(Publicada no site www.portalpinda.com.br em dezembro de 2008)
Todo ano é a mesma coisa: correria, dívidas, gente empurrando, criança chorando por presentes, pais estressados socando filhos em frente às lojas abarrotadas de pessoas falando em crise. Atitudes extremamente contraditórias a um momento que nos oferece oportunidade de reflexão sobre nossa humana condição.
Mas um olhar mais atento sempre nos salva, aquele olhar cuidadoso que consegue se perder na multidão e apreciar beleza espalhada em pequenos gestos com ares de grandiosidade de alma.
São aquelas coisas que nos emocionam e não nos permitem enfraquecer e nos lembram nossa condição especial de estarmos vivos e sermos felizes...
Foi numa terça-feira, 06 de dezembro de 2005, noite.
A família entrou num shopping da zona sul de São José dos Campos.
Pai, mãe e filho admiravam a decoração de Natal quando o menino, já contando seus sete anos, perguntou-lhes se ainda poderia ir até Papai Noel. Claro que percebeu que só havia menores na fila. O pai entendeu logo o intento.
Fascinado por doces, tinha a clara motivação de conseguir a bala que o Bom Velhinho distribuía aos ansiosos pequenos.
Ele, o menino, usava aparelho ortodôntico e não podia se deleitar tanto quanto gostava com sua grande paixão.Meio encabulado e de mansinho se aproximou da simpática figura de vermelho.Papai Noel abraçou sua cinturinha e começaram a conversar. A conversa se alongou e o pai, atarefado, o chamou. Papai Noel foi categórico: ‘ espere um pouco, por favor’. Os pais sem entenderem, se resignaram a esperar.
E continuaram os dois a conversarem. Papai Noel, pensativo, mais calado.
Os pais se apoiavam envergonhados com tanta gente olhando e demonstrando irritação com a demora. Um garotinho correu e se jogou no colo de Papai Noel exigindo logo a sua vez.
O Bom Velhinho então deu ao seu colega de prosa a esperada bala, abraçou-o paternalmente mais uma vez e se despediram.
Papai Noel olhou para os pais do menino com os olhos marejando e lhes disse que seu filho o havia emocionado. Eles pegaram o garoto pela mão e saíram, olharam-se sem entender direito enquanto o garoto se deliciava com a bala.
O homem, finalmente, perguntou o que havia afinal conversado tanto e ele lhes contou: “Nada demais papai, ele me perguntou o que eu queria de Natal e eu disse que não queria nada, tenho tudo que preciso. Ele ficou me olhando e falou de novo que eu poderia pedir alguma coisinha então. Pensei e falei para ele que eu queria que todo mundo que não tem nada ganhasse alguma coisa e que ninguém no mundo inteirinho fosse infeliz. Ele ficou quietinho e depois disse que esse pedido é muito difícil, mas que ele ia ver o que poderia fazer”.Pai e mãe se calaram e deixaram que ele aproveitasse seu doce naquele momento ainda mais doce e angustiante para quem já não consegue imaginar o pedido realizado.
É como se a pobreza e a tristeza fizessem parte de nossa natureza. Emocionamos-nos com um amargo de resignação, mas será que não pode ser realmente diferente?
Sônia Gabriel