terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Gente
Gente
(Publicada no Jornal de Caçapava de 26 de novembro a 03 de dezembro de 2009)
Certo artista escreveu que anda cansado, me pareceu necessitar de um pouco de ostracismo.
Gente demais sufoca. É muita energia, nem sempre boa, muita carga emotiva e de quando em quando é impossível desligar-se e conviver na justa medida. Nestes momentos, a solidão pode ser singular companheira.
Sempre estive cercada de gente, escolhi trabalhar e criar envolvida por tal matéria-prima. Assim sendo, tenho que estar preparada para tudo.
Nem sempre consigo explicar-lhes ou me explicar atitudes que transcendem o bom caráter.
E a gente fica pensando e até externa baixinho: “Como é que pode?”
Tenho visto de tudo: o veneno que escorre pelos olhos esguios de quem não suporta a paz e a felicidade que invadem os outros, o cochichar característico de quem quer ferir seu semelhante porque se incomoda sabe-se lá com o quê. E só quem se dispõe a estas cenas pode justificar a escolha do papel.
Tenho cá minhas hipóteses: o individualismo da sociedade moderna. Todo mundo trabalha muito, a necessidade de consumismo, de TER cada vez mais, tem deixado pouco tempo para SER um pouco mais. Falta tempo com a família, faltam afeto e cuidados. Falta a abundância da vida. E como ainda não é possível comprar tudo, tem muita gente com um vazio que dinheiro, carreira e status não preenchem.
Quando a gente escreve, desenvolve um bendito de um ouvido e de uma visão que chegam a nos ferir, já que nem tudo se permite filtrar e digerir.
Haja tempo para fofocas, maledicências, arrogâncias, intolerâncias, abusos de poder (que acham que têm) e tantos outros males que nos assolam diariamente.
Sábia era dona Firmina: “É tudo casca, bem. Gente sozinha, falta sentimento.”
Deve ser.
Não tenho dúvidas: a vida é um parto.
A tentação de nos isolarmos é sedutora, mas como nos humanizarmos sem a presença de outrem?
As pessoas são imprescindíveis, não nos humanizamos sem elas. São e estão para nosso bem e nosso mal, fazem parte de nosso crescimento.
A cada dia, vejo incontáveis motivos para desistir da convivência e quando estou quase desanimando do ser humano e por tabela de mim (a não ser que achemos que estamos acima da raça), vem um fato, uma verdade, uma pessoa e às vezes uma pessoinha e renasce aquele enorme e incondicional amor que temos por nós mesmos e pelos outros também.
Há gente de tudo quanto é forma, jeito, cheiro, aparência; não há como não conviver, mas é preciso muita prudência para não adoecer a alma.
Cada qual constrói o escudo que melhor se ajuda às suas necessidades: uns gritam, outros ferem, há ainda aqueles que transferem suas dores para o sagrado ar de todos. Também tenho meu escudo, escolhi o sorriso. Não é pior e nem melhor que as escolhas de meus semelhantes.
Se fosse me prender nas feridas teria desistido de sorrir há anos, resolvi que as feridas é que não me impediriam, não permiti e não permito.
Eu só tenho esta vida; tenho obrigação de me fazer feliz.
Gente! Bom, nós também somos... E por mais que abale nossa vaidade (e sempre dói) somos gente igual a toda gente e só...
Cada qual com seus mistérios, suas dores, suas vitórias e alegrias, mas no fim somos gente, de alma gritante, coração pulsante, mas gente sempre...
Sônia Gabriel
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Coluna Crônica: Jornal de Caçapava
A Menina mais bonita do mundo
Thais, “a Menina mais bonita do mundo”, é assim mesmo: forte e decidida, mesmo aos cinco anos de idade, e como é interessante observá-la.
Como qualquer ser humano que ama os seus, sei de seus defeitos, mas suas qualidades também gritam.
Thais reinou absoluta ao lado do primo até algum tempo, todas as atenções eram apenas para os dois, daí começaram a chegar os primos menores, literalmente; a família foi crescendo, mas seu espaço tomou rumo inverso. Ela tem lutado para se manter e o faz com muita determinação e charme.
Inventa brincadeiras, propõe diferentes estratégias de diversão, mas os meninos não têm se interessado. Pensa que ela se joga num canto e lamenta? Que nada! Chama quem estiver por perto, insiste, junta os lábios naquele famoso bico vermelho contrastando com a pele alvíssima, de bochechas rosadas, cabelos longos (de tanto ela comer couve) e olhos verdes ou azuis, nunca dá para saber com exatidão. Eu disse, ela é “a Menina mais bonita do mundo”.
Em suas investidas para arrumar alguém para brincar na sua família paterna, tenho exercitado minhas histórias. Já lhe emprestei colar com cristal mágico, ela é muito vaidosa, como toda bailarina, minha pequena Ana Botafogo. Já lhe revelei que a pequena mata próxima de minha casa é repleta de cucas, caiporas, sacis, príncipes e princesas, cavaleiros, fadas e ogros.
Seus olhos brilham, ela escuta e exige silêncio dos meninos.
Mas da última vez foi muito interessante. Semana passada, estávamos numa reunião em minha casa, ela visivelmente contrariada com os meninos. Não a deixavam brincar, os tolinhos. Não tinha brinquedo para ela, eu tinha que dar um jeito, ela determinou. Sentou-se no sofá próximo ao aparador e cruzou os braços. Sentei ao lado, fiz cara de quem estava inventando coisa, estiquei o braço até o aparador e peguei uma chave antiga e um candeeiro, ambos presentes de uma fada. Fiz gesto de silêncio, afinal ali se revelaria um segredo. Aproximei-me dela e falei baixinho: “Pegue a chave assim, com mãos firmes, veja a fechadura no ar, olhe bem, ela está aqui na nossa frente, abra a fechadura, assopre o candeeiro uma única vez, forte. Pronto, a porta se abriu, está vendo? Estão todos ai: fadas, gnomos,animais falantes, reis e rainhas...”.
Seus olhos se arregalaram, ela tomou a chave de minhas mãos e respondeu baixinho: “Estou vendo”. Nisso vieram os meninos correndo, se jogando pelo tapete, se embolando em combates e ela se distraiu e se aborreceu, colocou a chave e o candeeiro no aparador e sentou com bico e tudo no sofá.
Perguntei se queria que eu convidasse a filha da vizinha para brincar com ela, afinal têm quase a mesma idade, ela aceitou, a amiguinha veio trazendo um baú de bonecas e pensei que não dava para concorrer com a Barbie para sempre.
Quando já estava saindo da sala e levando os meninos para outro cômodo para que elas tivessem espaço para brincar, a vi levantar-se ligeira e pegar a chave e o candeeiro e passar para a nova visitante o ritual que eu acabava de lhe ensinar.
Ainda estou salva...
Sônia Gabriel
Evento no SESC - 26/11/2009
Coluna Crônica: Jornal de Caçapava
Lições da Natureza
( Publicada no Jornal de Caçapava de 30 de outubro a 05 de novembro de 2009)
Estamos em um tempo onde se observa claramente a necessidade que o homem tem de estar em contato com a natureza. Depois de quase extinguí-la. Em qualquer loja de conveniência e supermercado podemos encontrar todo tipo de plantas, vasos, produtos para serem cultivados em floreiras dispostas em nossas varandas, sacadas, janelas, onde for possível estarmos em contato com o aconchego que o verde nos dá. Tenho o privilégio de morar em um agradável local que mantém, ainda, uma considerável área verde; tenho por hábito caminhar nas proximidades da pequena mata, ora acompanhada, ora sozinha e gosto de observar os casais de pica-paus, corujas, pássaros diversos e de vez em quando alguns animaizinhos não tão desejáveis como ratinhos e aranhas, mas enfim é o preço de um bem maior...
Hoje a natureza me trouxe mais que o aconchego, me deu uma lição de vida.
Assunto preferido de nossas caminhadas (eu e minha vizinha) os filhos estão sempre em pauta, uma hora estão nos elogios, em outra nas preocupações, os dela mais velhos estão sempre a enchendo de ansiedades e expectativas e as vezes nos pegamos questionando se não estamos sendo radicais, muito tradicionais os mantendo sempre a vista, mas hoje chegamos a conclusão que estamos no caminho certo: dois cachorrinhos, bem pequeninos mesmo, passeavam tranquilamente nas proximidades da mata, mesmo sendo pouco a região tem movimento de automóveis, e os dois ou duas, não deu nem para diferenciar, estavam despreocupados em suas brincadeiras, em pouco tempo aprece a mãe, ela se aproxima, late, rosna, e nada, os dois não estavam nem aí. De repente, ela simplesmente abaixou, pegou o mais próximo pelo pescoço e saiu levando-o para a casa, ele latiu, chorou, tentou sair e não conseguiu se soltar. A cachorra deixou-o em segurança e voltou para buscar o outro. Enquanto tentava todas as peripécias novamente, o primeiro voltou. Num primeiro momento parece que desistiu, soltou o segundo e deu algumas voltas em torno deles, então se deitou bem próxima deles e ficou por ali. Comentei com minha companheira que eles haviam vencido. Resolvemos dar mais uma volta e quando passamos pelo mesmo lugar, lá estavam os cachorrinhos tentando fugir da boca da mãe, ela de novo em seu papel de levá-los para casa, mesmo sob protestos e latidos.
Sônia Gabriel
sábado, 31 de outubro de 2009
Vamos Prosear! No Parque Santos Dumont 31/10/2009
Foi hoje. Uma hora de conversa muito boa. Fizemos o convite, que bom que aceitaram. Registramos personalidades de nossa cultura e amantes de bons "causos", em breve vocês os verão e ouvirão. E gostarão do que vão ver e ouvir. Obrigada ao Réginaldo Poeta Gomes por nos prestigiar.
Tivemos o prazer de conhecer a Ciça, de Taubaté, ela também deixou um relato para todos, a moça é muito talentosa. Ciça é contadora de histórias.
Zenilda declamou um Jesus não crucificado, delicioso de se ouvir. E inspirou nossos visitantes mais tímidos a se aventurarem e deixarem seus casos registrados como fez Maria Aparecida. Ela estava lá sentada, ouvindo e nos chamou a atenção, pois nos ouvia fazendo crochê (que delícia, tá bom para vocês?).
Vamos Prosear! No Jardim Morumbi 29/10/2009
Paz e bem!
Sônia Gabriel
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Conversa na FAAP - 22/10/2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
43ª Semana Cassiano Ricardo
Dia 21
20h - Abertura - Orquestra Sinfônica de São José dos Campos - Teatro
Municipal (ingressos a R$10,00 e R$5,00)
Exposição de esculturas: “Segunda Natureza”, do artista plástico João Carlos Gonçalves - Espaço das Artes Helena Calil
Exposição fotográfica “Fragmentos de Emoções” de Marcelo Magano, com poemas de Cassiano Ricardo e outros poetas - Vale Sul Shopping
19h - Oficina “Haicais: Polaróides Poéticos” com Guilherme Salla - Auditório Elmano Ferreira Veloso (Sede da FCCR) (inscrições no site www.fccr.org.br)
19h30 - Palestra: "Textos literários e a internet", com Maurício Cintrão –
Espaço Mário Covas
19h30 - Conversa com os escritores: Edmundo de Carvalho (autor de "Travessia") e Sônia Gabriel (autora de "Mistérios do Vale") – Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP
19h30 - Palestra: "A divulgação cultural", com Maurício Cintrão - Espaço Mário Covas
19h30 - Conversa com o escritor: Carlos Alberto Fernandes Pinto (autor de Berfares”) – Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP19h30 – “Poemas Bem Ditos” com Bendita Trupe – SESC (Solário)
20h30 – “Vozes Daqui” lançamento do documentário em DVD com poetas joseenses - SESC (Solário)
Dia 24
9h - Palestra com Flávia Muniz, autora de literatura infanto-juvenil – Parque Santos Dumont
9h - Oficina “Poema e Arte", com Tuca Emmerich – Espaço Cultural Julio Neme (inscrições no site www.fccr.org.br)
10h - Palestra com Kizzy Ysatis, autor de literatura juvenil – Parque Santos Dumont
11h - Palestra com Luiz Roberto Guedes, autor de literatura juvenil – Parque Santos Dumont
14h - "Conversa com Poetas": Reginaldo Poeta Gomes (autor do livro "O
encontro mágico do pólen"), Zenilda Lua (autora de "Alfazema"), João
Possidônio (autor de "Neblina" e "Taquara") e José Moraes Barbosa (autor de "Poemas Rarefeitos") – Parque Santos Dumont
14h30 às 17h30 - Encontro com Escritores - SESC (Solário)
14h30 - "Rosário de Versos" - Sarau lítero-musical com Geraldo de Buta SESC (Solário)
14h30 – Varal poético – SESC (Praça)
14h30 - Vídeo-instalação “Eu Profundo” de Marcelo Magano com temática poética – SESC (Praça)
16h - Sarau poético “Poemas Bem Ditos” com Bendita Trupe - SESC (Solário)
17h30 - "Rosário de Versos" - Sarau lítero-musical com Geraldo de Buta
Espaço Cultural Flávio Craveiro
18h – Show “Pedra de Nego” – SESC (Solário)
19h30 – Sarau poético “São José da Paraíba” com Paulo Barja – Espaço
Cultural Johann Gutlich
20h – Espetáculo teatral: "A pedra e o lago" com texto de Ludmila Saharovisky,
encenado pela Cia.Teatro do Interior - SESC (Auditório)
20h - "Rosário de Versos" - Sarau lítero-musical com Geraldo de Buta –
Espaço Cultural Eugênia da Silva
Música no estacionamento do Parque Santos Dumont
13h30 - Grupo Pau-a-Pique
14h - “Esse Povo", com Margarete Machado
14h30 - "360°", com Marcus Flexa
15h – “Por vales e montanhas”, com Gilson Bambuira e Ellê Carvalho
15h30 – “Abaixo do sol”, com Déo Lopes
16h – “Da Bahia para o mundo”, com Nando Luz
16h30 – “MPB na voz de Ana Morena”, com Ana Morena
Dia 25
10h30 - Show na Praça Especial: Espetáculo musical: "Sou atrevido", com Zamá – Parque Vicentina Aranha
14h30 – Varal poético – SESC (Praça)
14h30 - Vídeo-instalação “Eu Profundo” de Marcelo Magano, com temática poética – SESC (Praça)
14h30 às 17h30 - Encontro com Escritores - SESC (Solário)
14h30 - Show musical com Rodolfo Sansoni - SESC (Solário)
16h00 - Espetáculo poético-musical "Flores em Flor" - SESC (Solário)
14h - Sarau "Cordel de histórias", com Paulo Barja - Parque Santos Dumont
15h – Espetáculo teatral: "A grande aventura do pequeno murunduku" - Parque Santos Dumont
16h – Contação de histórias: "Contos daqui e dacolá", com Flávia D'Ávila e Paulo Barja - Parque Santos Dumont
17h – Apresentação teatral “Ana Paz” com Gabriela Rabelo, texto de Ligia Bojunga, direção de Vladimir Capella – SESC (Espaço Corpo e Arte) (retirada de ingresso no SESC)
20h – Apresentação do concerto “Os nacionalistas – Séries “Opus” e “Canção Verso Poesia” – com o Coro Jovem de São José dos Campos – Cine Santana (retirada de ingresso uma hora antes na bilheteria)
Especial Cassiano Ricardo
Música instrumental no estacionamento do Parque Santos Dumont
10h – “Instrumental Bossa” com Duo Arte
10h30 – “Duo da Terra” com Géo Pinto
11h - "Feito a mão" com Teto de Vidro
11h30 - "Sarau das cordas" com Spalla Violão Trio
12h - "Arranjos e versões" com Trio Bachsileiro
12h30 - Tempo Câmara
13h - "Impressões" com Dennis Belik
13h30 – Alexandre Pivot
Dia 26
14h - Oficina “Poema e Arte", com Tuca Emmerich – Espaço Cultural Jardim da Granja (inscrições no site www.fccr.org.br)
14h - Oficina para professores: "Euclides da Cunha - O Reino de: Os Sertões" Dyrce Araujo – Biblioteca Pública Cassiano Ricardo (inscrições no site www.fccr.org.br)19h30 - Palestra com o escritor Tiago Novaes – tema “Um dedo de prosa: ficção no século XXI” - Anhanguera Educacional
14h - Oficina para professores: "Euclides da Cunha - O Reino de: Os Sertões"Dyrce Araujo – Biblioteca Pública Cassiano Ricardo (inscrições no site http://www.fccr.org.br/)
16h – Show na Praça Especial: apresentação musical "Bela Cintra", com
Marcus Aguyar – ao lado do Espaço Mário Covas (COI)
19h30 - Palestra com o escritor Heitor Ferraz Melo – tema “Literatura e
Cotidiano” - Anhanguera Educacional
20h – Espetáculo musical: "Acenando com Bandeira" com Nando Luz - Espaço
Cultural Flávio Craveiro
20h – Espetáculo de música erudita, literatura e teatro "Serenata Sintética" –
Teatro Municipal (retirar ingresso uma hora antes na bilheteria do teatro)
Dia 28
16h – Show na Praça Especial: apresentação musical com "Señor Salamandra" ao lado do Espaço Mário Covas (COI)
19h30 - Palestra com os escritores Donizete Galvão e Reynaldo Damazio
tema “Temas, tessituras e leitura do mundo” - Anhanguera Educacional
20h - Espetáculo: "Eles e Elas", com a Cia. de Dança de São José dos Campos – Teatro Municipal (retirar ingresso uma hora antes na bilheteria do teatro)
Dia 2914h - Oficina para professores: "Euclides da Cunha - O Reino de: Os Sertões"
Dyrce Araujo – Biblioteca Pública Cassiano Ricardo (inscrições no site
www.fccr.org.br)
16h - Show na Praça Especial: apresentação musical de Beto Jaguary – ao lado do Espaço Mário Covas (COI)
19h30 – Palestra com o escritor Carlos Felipe Moisés – tema “Poesia e
Oralidade” - Anhanguera Educacional
19h30 - Oficina “Prosa e Carvão” com Andressa Carvalho – Centro de
Excelência em Artes Visuais (Ateliê de Artes) - Sede da FCCR (inscrições no
site www.fccr.org.br)
19h30 e 20h30 – Projetos "Vamos prosear!" e "Vozes impressas", com Sônia Gabriel e Pércila Márcia, do Instituto Ecocultura - Espaço Cultural Johann Gutlich20h30 - Espetáculo musical “Chega junto” com Trem da Viração – Casa deCultura Caipira Zé Mira
Dia 30
16h - Show na Praça Especial: apresentação musical “Mistura brasileira”, com Joca Freire – ao lado do Espaço Mário Covas (COI)
10h - Oficina “Escrita Criativa” com Cristina Faga - Espaço das Artes Helena Calil (inscrições no site www.fccr.org.br)
10h30 – Lançamento do CD infantil “O Circo Já Vai Chegar” - Parque Santos Dumont
14h - Projetos "Vamos prosear!" e "Vozes impressas", com Sônia Gabriel e Pércila Márcia, do Instituto Ecocultura – Parque Santos Dumont15h - Show na Praça Especial: apresentação musical de Lon Amorin - Parque Santos Dumont
17h – Show musical “A Flauta que me Roubaram” com Joca Freire - Parque Santos Dumont
18h – Apresentação teatral “Poeta em Cena” com texto de Valeria Tarelho – Parque Santos Dumont
19h – Show musical de lançamento do CD “O peito aberto em versos”, com Gabino, o poeta cantador do Vale – Casa de Cultura Rancho do Tropeiro Ernesto Vilela
21h - Show musical de lançamento do CD “O peito aberto em versos”, com Gabino, o poeta cantador do Vale – Casa de Cultura Caipira Zé Mira
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Naquele último aniversário...
Tem um texto meu no Jornal de Caçapava, para quem não tem acesso ao jornal, visite o
http://www.jornaldecacapava.com.br/not4.html
Passem por lá...
Paz e bem!
Sônia Gabriel
sábado, 17 de outubro de 2009
Transposição do Rio Paraíba - Informativo
(Foto: Sônia Gabriel - 2006 - Rio Paraíba do Sul)
" O Instituto de Estudos Valeparaibanos (I.E.V) realizou em Lorena, na UNISAL, uma importante reunião relativa à transposição do Rio Paraíba, cujo projeto estará pronto em março de 2010.
A proposta partiu do Museu Frei Galvão, de Guaratinguetá, no Simpósio de História da região, realizado em Santo Antônio do Pinhal, no início de agosto de 2009. O projeto de transposição do rio Paraíba, prevê um direcionamento das águas do nosso rio, para uso da Capital de São Paulo, com a média entre 5 mil e 15 mil litros de nossa água por segundo. Tal transposição, diminuindo nossas águas, levará, em poucos anos à aridez e decadência da região valeparaibana, com prejuízo de nossa economia.
Como a proposta do Governo do Estado diz que tal transposição dependerá do desejo da comunidade da região, a ação do Instituto de Estudos Valeparaibanos será urgente, com a elaboração de um documento que impeça tal transposição. Não queremos ser um novo Rio São Francisco, nem um Nordeste árido.
Para tanto, será elaborada em próxima reunião uma Carta de Defesa do Rio Paraíba do Sul. Esta primeira reunião foi realizada no dia 25 de setembro – Dia do Rio Paraíba do Sul. Foi coordenada pelo Profº Nelson Pesciotta – Presidente do I.E.V e contou com a presença de autoridades do Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul. Participaram o Prefeito Municipal de Guaratinguetá – Júnior Filippo, que já foi Presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas, várias ONGs do meio ambiente, vereadores e numerosos estudantes da UNISAL, todos conscientes de que é necessário que se tome providências urgentes em defesa de nossas águas, hoje e para o futuro, “para não sermos apenas produtores de água para as regiões metropolitanas”, nas palavras de Luiz Roberto Barretti - representante da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental e atual vice-presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba.
O nosso Vale do Paraíba do Sul não merece tal futuro.
Fontes para informação:
- Arquivo Memória de Guaratinguetá do Museu Frei Galvão.
- Jornais diversos
- Rio Paraíba do Sul - Junho/Julho. Ano 10. Edição nº 50, 2009. Boletim Informativo. "
Arquivo “Memória de Guaratinguetá”
Inaugurado em 23 de dezembro de 1972
GUARATINGUETÁ ESTADO DE SÃO PAULO
Praça Conselheiro Rodrigues Alves, 48 - Telefone (12) 3122-3674 - Cep: 12500-020www.casadefreigalvao.com.brmuseufreigalvao@yahoo.com.br
Livro de Réginaldo Poeta Gomes...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Ah! A Primavera
(Publicada no Jornal de Caçapava de 25 de setembro a 01 de outubro de 2009)
Dizem os cientistas especializados em sexualidade e comportamento que quando a mulher está em período fértil ela se arruma mais. Em algumas experiências eles fotografam as mesmas mulheres em dias normais e em dias de intensa ovulação e depois colocam as fotografias para serem apreciadas por ambos os sexos. Segundo os estudiosos as fotografias escolhidas como mais bonitas ou em que as protagonistas estão mais bem arrumadas são sempre as segundas.
Resultado: as mulheres em período fértil querem ser vistas, faz parte do esquema da preservação da espécie que nós, homo sapiens sapiens que somos, tentamos um tanto quanto negar!
A Primavera é assim, está seduzindo a Terra. Não há dúvidas de que é, para mim, a melhor estação do ano. A Primavera é uma mulher amada.
Reparem como são as mulheres quando estão amando: ficam mais radiantes, os olhos bem abertos, límpidos, brilham mesmo que haja esforço de negação do fato ou do ato, que seja. Cabelos artisticamente penteados ou totalmente despenteados; semblantes apaixonados dispersos a visualizarem lembranças acumuladas do ser amado. Por onde caminham, parecem deslizar por um tapete de flores.
AH! A Primavera é uma mulher em estado de amor, uma mulher bem amada.
Exala perfume próprio melhor que qualquer adicional francês. Suporta melhor os reveses impostos pela vida.
Uma mulher que sente em seu corpo, coração e alma a força de um amor sustenta melhor as próprias rugas (internas e externas) e as de seus semelhantes. Compreende o fato determinante de que o tempo não nos espera, mas nos permite abastecer energia para sobreviver aos invernos.
O amor ainda é o melhor adubo e a Primavera a expressão mais contundente de nossa frágil humanidade e forte percepção de sentidos, quando o sentir-se amado é possível.
A partir deste mês nosso olfato se aguçará, nossos ouvidos se aprimorarão, nossas pupilas se dilatarão e nossos olhos se deslumbrarão com dias mais claros, com manhãs mais aconchegantes, com casais caminhando, com mulheres sorrindo, escancarando o prazer de serem amadas, inclusive por elas mesmas.
Aprecie as flores, saboreie os frutos da época, plante jardins, leia livros acomodando-se gostosamente nos bancos de praças, sorva o aroma que se levanta quando a chuva cair e não permita que os pássaros sejam calados.
É tempo de viver e reconstruir. Ainda dá tempo de lutar e não permitir que se findem nossas primaveras e as daqueles que sob sua moldura serão gerados.
Paz e bem. Sempre.
Sônia Gabriel
soniamgabriel@itelefonica.com.br
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Ecocultura na UNIVAP - SEMFEA 2009
e sua valorização possibilitam aprendizado para todos!
domingo, 13 de setembro de 2009
Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Voltando para casa.
É! Eu estou voltando para casa. Literariamente. Não totalmente, aos poucos com parcimônia (palavrinha antiga), voltando mais sábia e até mesmo mais esperta.
Lentamente volto para casa por opção e não por falta dela.
Tenho evitado grupos (ainda mais do que sempre fiz), tenho procurado aproximar-me de pessoas e manter-me em silêncio, diante daquelas mais inadequadas.
Nos últimos anos perdi um pouco (só um pouquinho, é bem verdade) a fé nos humanos. Ainda acho que gente é o que de melhor o mundo tem, mas hoje sei também que há “gentes” e “gentes”.
Balanço difícil de fazer. Mundinho difícil de viver.
Calma gente! Não estou desanimando do mundo. Não! Isso nem combina comigo, como diria meu filho. Estou apenas constatando as máscaras.
Quantas máscaras nos cercam todos os dias!
Quantas guerras por tão pouco ou quase nada, quando não por nada, se a sabedoria popular diz (e eu creio) “que o que é do homem, o bicho não come”.
Quanta gente que não se conforma com o que é seu e precisa, desesperada e patologicamente, do que é do outro também.
Quantas palavras desperdiçadas. Isso não! Palavras são alimento, quer se queira, quer não. Não se joga palavra fora. Não se gasta saliva em vão.
As máscaras! Cuidado com as máscaras! São belas e podem ser feras!
As máscaras caem, graças a Deus! Como as folhas no outono, as máscaras sempre caem! Mas até caírem quanto estrago, quanta dor distribuem?
E quando, finalmente, as máscaras caem o que sobra, quando sobra é o que de melhor o ser humano tem. Bom ou mau, dependendo do lado em que se está, no final sobramos nós mesmos, e não se deve ter medo do que se vai ver.
Na solidão (que não é ruim, aquela saudável, quase divina) de nos vermos realmente como somos, o belo se manifesta sempre, mesmo quando o rejeitamos porque deixamos de SER e estávamos preocupados em TER e muitas vezes aquilo que, talvez, só nos fizesse mal.
Nem um pouco pródiga estou fazendo o caminho de volta. Agora um pouco já sei, agora já sou e não preciso mais temer por mim, mas verdade seja dita, ainda há muito que temer por outros, porque o outro, “Ah! Meu amigo”, o outro sempre acaba em nós mesmos.
E não há ciência que possa alterar isto.
Ainda bem que podemos viajar e voltar. Que bom saber que há sempre para onde voltar de VERDADE.
Paz e bem!
Sônia Gabriel
soniamgabriel@itelefonica.com.br
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Coluna Memória sobre lendas do Vale
Aguardo os comentários de vocês...
Paz e bem!
Sônia Gabriel
Em materiais sobre o folclore brasileiro e, no imaginário das pessoas, as imagens que ilustram esse tema costumam ser claras referências a personagens de lendas e mitos populares que são contados de gerações a gerações no país.Muito comuns nas áreas rurais, histórias como as de boitatá, curupira, lobisomem, mula-sem-cabeça e do corpo-seco são levadas e incorporadas também ao ambiente urbano por características destacadas no quadro ao lado: a transmissão oral e a divulgação.As histórias têm como objetivo passar uma mensagem moral a quem as escuta e, muitas vezes, mexem com as emoções utilizando recursos de mistério e terror que aguçam o medo.Muito embora estudiosos afirmem que elas venham perdendo a força que exerciam sobre as crianças antigamente--parte por culpa do advento das tecnologias e pelas mudanças comportamentais da sociedade--essas histórias ainda mantêm certo ludismo que as fazem valer como entretenimento, se não como ensinamentos.A historiadora Sônia Gabriel, autora do livro "Mistérios do Vale", explica que as lendas costumam partir de um dado verídico ao qual são acrescentados elementos fantasiosos, geralmente com características da região em que são contadas.Ela aponta que do século 19 até meados do século 20, as contações dessas histórias folclóricas eram realizadas dentro das casas, principalmente passadas de avós a netos. Eram conversas de adulto, mas passadas aos netos com a consciência de que para um nível mais baixo de maturidade."É que naquela época as meninas se casavam com 14 anos e, com 18, já tinham dois filhos, por exemplo. Não se conversava como hoje, com linguagem direcionada a crianças", disse.Uma das lendas comuns nesta região, e que demonstra um pouco o caráter moralístico intrínseco em parte dessas histórias, é a da porca e os leitões-- trata-se do conto sobre uma mulher que engravida e comete infanticídio de sete ou oito [dependendo de onde é contado] filhos. Quando ela morre, se transforma em uma porca e, como castigo, é seguida pelo mesmo número de leitõezinhos.TERROR - Mas nem todas as histórias necessariamente são predominantemente carregadas de subjetividade moral. Muitas são histórias de assombrações relacionadas a algum crime brutal ocorrido em dada região.Locais são classificados mal-assombrados, bem como algumas personagens da história das cidades são transformadas em fantasmas, motivados pelo pavor da sociedade diante de uma morte marcante."A morte é a única coisa que não se desvenda. Como diria Ariano Suassuna, esse é um mal irremediável. As pessoas nascem já se preparando para a morte futura, é um contraponto. O receio dela, sobretudo do que irão encontrar depois, é que provoca esse fascínio por essas histórias", disse.Para ela, a cultura é o que mais influencia na forma como esas histórias são incorporadas em cada local. Mas para a escritora Ruth Guimarães, entretanto, a cultura local não é determinante dessas variações."O homem e a criatura são iguais em todos os lugares. O folclore não é inventado e, sim, adaptado de uma primeira criação feita por um artista. Ele é divulgado e as pessoas o repetem de maneira natural e, só pode ser considerado como tal, se houver aceitação e universalidade", disse.
As histórias folclóricas são interpretadas de maneiras distintas pela ótica de estudiosos quando se fala de influências delas na vida de quem as recebe. Para a escritora Ruth Guimarães, ao absorver esses mitos e lendas as pessoas [não apenas crianças, mas também adultos] adquirem um conhecimento popular mais amplo e aprofundado."É uma soma que é importante. Caso contrário as pessoas vão contar histórias da televisão, que são uma bobagem. Mas em todo lugar ainda tem gente contando causos ou piadas", disse.Para a historiadora Sônia Gabriel, a sobreposição da televisão é algo que já acontece, mas, por outro lado, os meios de comunicação têm contribuído para a contação pública de histórias folclóricas. "O imaginário infantil hoje é diferente. Os adultos refletem mais sobre a moral contida nessas histórias. As lendas são mais entretenimento do que influências aos menores", disse."
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Estarei na TV Aparecida em 18/08/2009
Terça-feira das 15:25 às 17:00 e das 03:45 às 05:20."
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Troca de conhecimentos e experiências...
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Começa nosso Simpósio de História do Vale do Paraíba...
Sônia Gabriel
XXIII Simpósio de História do Vale do Paraíba tem início nesta quarta-feira, em Santo Antônio do Pinhal
O Instituto de Estudos Valeparaibanos comemora seus 36 anos de atividades com a promoção de mais um Simpósio de História. O encontro acontece de 5 a 8 de agosto, na Estância Climática de Santo Antônio do Pinhal, localizada na Serra da Mantiqueira (SP). O tema este ano é “O Desenvolvimento dos Transportes no Vale do Paraíba” e o Simpósio será realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa Histórica Regional e Prefeitura de Santo Antônio do Pinhal – Secretaria de Educação. Com mais de 100 inscrições, o evento promete repetir o sucesso de edições anteriores, com a participação de estudantes, pesquisadores e demais interessados.
Fundado no dia 30 de junho de 1973, o Instituto de Estudos Valeparaibanos tem trabalhado, incansavelmente, na preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural e ambiental da região que abrange os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Seus objetivos se voltam para a recuperação da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, a preservação dos remanescentes florestais das serras da Mantiqueira e do Mar, a difusão do turismo ambiental e cultural, a assessoria a prefeituras, faculdades e instituições de ensino e cultura. Fruto gerador de sua ação efetiva na região são os arquivos documentais, os museus regionais, o tombamento de imóveis rurais e urbanos e o despertar de uma ação efetivamente cívica e cultural. Com este espírito, o IEV é um marco na história regional!
Sucesso para todos nós!
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Mistérios do Vale no Vanguarda Comunidade 02/08/2009
http://www.vnews.com.br/video.php?id=2252
Paz e bem!
Sônia Gabriel
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Coluna Crônicas Jornal Valeparaibano: O Tijolo e a Gargalhada
O Tijolo e a Gargalhada
(Publicada no Jornal Valeparaibano em 16/07/2009)
Entrei, beijei meu filho que foi para a piscina e me sentei na cadeira de plástico branca, recostei-me e abri na página 321 o livro de Laurentino Gomes, o delicioso 1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil (sim, este é o título do livro).
O livro, com suas 416 páginas, parece um tijolo e notei que a maioria das pessoas que passavam, estavam me olhando um tanto quanto atravessado. Continuei ali, me deliciando com o passado, com aquele ar quase ridículo de quem pensa que pode julgar os que já se foram e é fato que não podemos.
Mais de trinta minutos com os olhares intrigados comecei a ficar incomodada. E um tanto sem jeito. Passava um, ia para a natação, passava outro ia para a musculação, sentava um a direita, outros a esquerda, e eu cada vez mais me sentindo uma alienígena.
Caramba! O que é que esse povo tanto olha? Ninguém lê por aqui? Será que é o tamanho do livro? Arrumei melhor o corpo, organizei os cabelos e fingi que não me observavam.
E não é que não consegui continuar lendo?
Só então percebi a música alta, tenho uma facilidade enorme de me desligar quando estou lendo. E como faço isso em qualquer lugar, já paguei micos e passei por momentos engraçados. Um deles foi quando estava no endocrinologista, no tradicional consultório do Dr. Ivan Ascênsio, nesta. Lia alguns gibis. Chico Bento é disparado meu preferido.
A tirinha era hilária, comecei rindo apenas com uma esticadela dos lábios, meio disfarçando, depois já fazia um som discreto tentando me conter. Teve um momento que não deu para segurar, gargalhei, mas foi com gosto mesmo!
Nem todo mundo aprova gargalhadas, muito menos em público, de acordo com algumas pessoas chatérrimas que conheço jamais se deve gargalhar, quando muito uma risadinha com discretíssimo som, mesmo dentro de casa. E defendem que rir demais dá rugas, fortalece as marcas de expressão...
Voltando ao consultório médico, o casal sentado ao lado me olhou, como os que estão me olhando agora; fiquei sem graça e notei que o filho deles, que deveria ter uns vinte e cinco anos, com os olhos oblíquos e mãos juntinhas sorria timidamente e sorriam de minha risada, seu olhar estava fixo em mim e na revistinha, seu corpo quase o impelia para pedir o objeto de minha gargalhada, era óbvio que queria ver também, mas não me atrevi a emprestar-lhe, que pena!Que bobagem a minha. Parei de rir e estava quase contagiando mais um.
É isso! Consultório do endocrinologista estou atrasada com as consultas, entendi... Esse povo está achando ridículo, eu, um pouquinho, só um pouquinho fora do peso, sentada, lendo enquanto eu deveria estar andando para chegar a lugar nenhum, levantando ferro sem ser por lavoro e pulando num mesmo lugar sem ser festa de aniversário de criança.
Caramba! Que vergonha!
Ah! Mas espera aí, alguém tem noção do quanto pesa este livro?
Não é pouco garanto. E aqui conta a história de um gorducho, comilão de frango, que nunca se preocupou com as “gordurinhas” localizadas, não sabia o que era sedentarismo, e tem um monte de gente se ocupando em estudar sua vida ou comprando livros sobre ele até hoje, inclusive, eu.
Sônia Gabriel