Rita Elisa Sêda e eu, aguardamos a presença de todos. Será um grande prazer confraternizarmos as linhas de Eugênia Sereno! Até lá...
Paz e bem!
Sônia Gabriel
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Conheçam o http://naturalfotos.com.br/
Conheçam o trabalho de Roberto Munholi, trabalho de reconhecimento e valorização de nosso patrimônio ambiental, vale a pena.
"A fotografia sempre fez parte de sua vida...
Por muitos momentos, esportes, surf, paisagens e pessoas estiveram à frente das lentes do fotógrafo Roberto Munholi. Mas a paixão por fotografar a natureza e, particularmente, os pássaros, apareceu logo e hoje é quase que uma exclusividade dos seus cliques".
http://naturalfotos.com.br/
Trabalho da Professora Tânia Strongoli
"Boa noite, Sônia, tudo bem?
Agradeço o envio do livro (...) FIQUEI MARAVILHADA COM ELE e estou aproveitando todos os momentos para usá-lo!
No teatro escrito pelos alunos para a Mostra de Trabalhos do final do ano da escola, inserimos uma das lendas escritas por você: a de Bananal, Enterrada na Soleira da Porta. Contei algumas outras aos alunos, que acharam, que você foi extremamente atenciosa em nos enviar o livro, e adoram quando eu conto alguma coisa dele.
Estou lhe enviando em anexo também, o rascunho de parte de uma prova do 8º ano, na qual eu inseri uma outra das lendas. (...) acredito que vá ficar feliz em ver que estamos irradiando o que você nos forneceu, como um tesouro.
Estamos muito agradecidos, todos!
PS: Assim que o teatro estiver pronto, eu lhe envio uma cópia também, já que você faz, agora, parte da nossa história!
Tânia Strongoli"
Professora Tânia, em primeiro lugar, eu é que tenho que agradecer por ter se interessado por minhas pesquisas. Em segundo lugar, sua satisfação e a de seus alunos já são um grande presente para mim.
Vi, em sua prova (fotos acima), como é caprichosa e interessada, tenho certeza que seus alunos só estão agregando bons valores com seu trabalho, sua disposição em pesquisar e viajar, buscar.
Fiquei, realmente muito feliz, com seu contato e por me contar o andamento de seus trabalhos e, claro, por saber que me consideram parte de sua história, me sinto parte da turma!
Parabéns por seu trabalho, minhas pesquisas estão à disposição, mesmo material ainda não publicado. O que precisar, e eu puder auxiliar, estou por aqui.
Paz e bem!
Sônia Gabriel
domingo, 28 de novembro de 2010
Arte, música e poesia...
Nesta última quarta-feira, fui convidada a participar do encontro Ciranda da Poesia, passei por lá e senti como todos estavam animados e repletos dela. Foi muito especial para mim porque a artista plástica Sonya Mello fez questão de entregar o quadro que fez, sobre nossa viagem ao Vale Histórico (lembram-se?), num local cheio de arte. Seu olhar foi capaz de criar uma nova harmonia para a mesma visão. Estamos todos lá, e fiquei feliz também porque ela se colocou (na obra) onde eu pedi: próxima de todas nós: eu, Flávia, Rita Elisa, Teresina, Gisele e nosso motivo para a empreitada: os alunos. Pronto! Mais uma colorida imagem para minhas paredes brancas e alma sedenta.
Braga sempre atencioso e alegre.
Paulo Barja, Zenilda Lua (lá no cantinho) apreciando, como todos os presentes, a força das palavras.
Sônia e Sonya, quem pode com essa mulherada?
Adorei o quadro, muito obrigada.
Sônia Gabriel
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Coluna Crônica Jornal de Caçapava: Promessas nossas.
Promessas são feitas a todo instante. Promessas para emagrecer, para arrumar marido, para conseguir emprego, para enriquecer, para curar-se de doenças, para deixar de sofrer. O homem contemporâneo não admite o sofrimento. E não o admitindo, imagina extinguí-lo. Pueril sentimento. As promessas são tão antigas quanto o homem. Surgiu com ele, creio. Promessas de amor eterno (enquanto dure), promessas de amizade verdadeira, como se amizade verdadeira precisasse de promessas e...
Promessa é um acordo interessante, principalmente as que fazemos com os santos. Tem sido objeto de meus estudos. A gente envolve o santo com pedidos que julgamos não dar conta sozinhos e depois atordoamo-los com os pagamentos. E tem cada pagamento que só Deus poderia imaginar, não cabe na cabeça desta fiel. Mas não pensem que estou subestimando, de maneira alguma, aliás, há algumas manifestações de devoção que me emocionam intensamente.
Inúmeras vezes vieram lágrimas aos meus olhos enquanto testemunhava os sacrifícios do devoto para saldar sua dívida de promessa. O que não me convence é promessa feita para outrem. Pedem por nós e nos comprometem com cortes de cabelo, destinos vocacionais, compromissos anuais e a imaginação dá conta de uma infinidade de possibilidades.
Já fui inocente com esta estratégia de negócios celestiais, atualmente tenho sido mais prudente. Quando meu coração necessita de auxílio, peço, confio e agradeço, não tenho barganhado mais, amadureci nesta relação.
Promessas para os amigos, filhos e companhia ilimitada, não faço. Pouco dou conta de cumprir o cotidiano. Resolvi amadurecer nisso também e viver com as forças que tenho e as que Deus me permitir. Só prometo fazer o bem e evitar o mal.
O assunto promessa invadiu minha mente porque considero que as únicas promessas que jamais devemos deixar de cumprir e muito menos barganhar em seu cumprimento são aquelas que nos fazemos. Se não valemos nossos sonhos, não valemos para mais nada.
Há mais de vinte anos, estava observando alguns papéis quando vi uma foto da Torre Eiffel, sempre sonhei em viajar pela Europa mais do que por qualquer outro lugar, talvez por minha antiga paixão pelos livros e pela História, me prometi, com arroubos de juventude, que um dia estaria sentada em um café por algum boulevard em Paris e escreveria em papel de embrulhar baguete que fosse. Prometi, cerrando os punhos, batendo firme o pé no chão e sentindo as batidas de meu coração. Rabisquei este momento em folha de caderno pequeno. Guardei.
Aqui estou, faço agora essas linhas para pagar minha promessa.
Já não me importam catedrais e castelos, não vim unicamente ao encontro da Velha Senhora, não vim só pelos romances que li, mas pelos que pretendo escrever. Vim não por roteiros que me levassem a Deus, pois ele jamais me permitiu a solidão de sua não existência, aqui estou em busca de gente que respirou como respiramos, agora, eu e você que me lê. Estou em busca daqueles que imortalizaram, mas antes de tudo viveram intensamente e até mesmo morreram porque mais forte que o contexto, era a verdade que os impulsionavam. Visito memórias e lugares de pessoas que acertaram e erraram, criaram, amaram, não foram amadas, sofreram, enfim, como cada um de nós, viveram.
Tomo um café, fecho o computador, respiro fundo e observo ao lado minha filha, espalhando coisas pela mesa, ela, um carinho que o destino me quis fazer, a menina que fui permanece nas linhas que rascunho. A pequena ao meu lado cumpre a foto que se instalou em mim, muito criança sonhava com coisas grandes para uma criança, sonhava com a liberdade de expressão, sonhava com a verdade incontida dos erros que não nos permitem cometer, sonhava com um Deus que não fosse cruel e com bons-dias calorosos ao amanhecer.
Tudo se realizou antes de Paris.
A Sabedoria e a Estratégia de Guerra parecem distantes uma da outra , mas comportam a mesma pedra?
Um rei mandou construir um lugar para cuidar dos soldados destruídos pela guerra. Foi preciso sabedoria para não lhes abandonarem à sorte e aos pensamentos de revolta.
À beira do Rio Sena está o Museu das Armas, localizado em um imponente prédio no centro de Paris, preserva para nossos olhos coleções de uniformes, armas, artilharia, e objetos militares de todas as épocas, Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Está lá o Mausoléu de Napoleão. As 'circunstâncias o favoreceram' ,como foi previsto.
Encontrados em campos de batalha...
... realizadas por homens...
... contra outros homens!
Prédios e armamentos construídos por homens sábios para que não se esqueça as guerras.
Mas os homens também fazem jardins.
Plantam flores em sacadas e vasos e esperam o sol e a chuva, que sempre virão?
Homens também permanecem. Fui em busca desses humanos que nasceram, cresceram, amaram, sofreram, adoeceram, pecaram...
... e não viram os nossos tempos. Mas, foram capazes de imaginar tempos que nem se quer construímos, ainda!
Por estas ruas, caminhei em busca dos mistérios...
... que se revelavam gigantescos após ultrapassar uma pequena porta.
Homens que legaram a si mesmos.
Que ainda nos obrigam a pensar e a não deixar de fazê-lo, pois nem sempre, pensar com liberdade de expressar, foi possível.
Uma visita para Voltaire.
O Panteão de Paris é um monumento situado no monte de Santa Genoveva . À sua volta estão alguns edifícios de suma importância, como a igreja de Saint-Étienne-du-Mont, a Biblioteca de Santa Genoveva, a Universidade de Paris-I (Panthéon-Sorbonne) e o Liceu Henrique IV.
Aqui pensei muito no valor da escrita, todos os seus valores, mas muito mais no valor da leitura.
Uma reverência para Rosseau.
Somos pequenos em relação a muito do que construímos, mas vivemos em busca da beleza, das certezas...
... da vida com...
Sônia Gabriel
Eu caminhando: a prova!
Lançamento do livro 'Eugênia Sereno: a menina dos vagalumes' - CONVITE.
Prezados amigos,
O Vale do Paraíba foi berço para uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida em São Bento do Sapucaí, Eugênia Sereno é autora de O Pássaro da Escuridão, romance publicado em primeira edição em 1965. Escritora premiada (recebeu o Prêmio Jabuti como escritora revelação em 1966) e badalada pelos grandes literatos da época, ainda é pouco conhecida na região valeparaibana, fato que motivou a pesquisa realizada por Rita Elisa Sêda e eu, e, resultou no livro Eugênia Sereno: a menina dos vagalumes.
O livro é um resgate da obra da autora que resguardou as tradições culturais dos Vales do Paraíba e Sapucaí. Um levantamento da religiosidade, costumes, crendices, valores do povo de uma cidade do interior, mas que reflete profundamente a alma interiorana do Brasil.
Eugênia Sereno foi um presente duplo em minha vida. Primeiro, por nomear o primeiro prêmio que recebi por um trabalho de pesquisa e segundo, por me possibilitar a leitura de uma obra onde autora e livro se forjaram na tentativa de salvação de uma vida. Eugênia Sereno me indicou caminhos a não seguir, e, esta lição é mais preciosa que o contrário.
Mulher de alma instigante, a escritora construiu e lapidou uma obra enigmática e se revelou para nós numa árdua labuta por sua história.
Aguardamos com muita ansiedade a especial presença de cada um de vocês que nos ouviram, que torceram, que indicaram possibilidades de caminhos. Venham conhecer a Moça de São Bento e seu amor humano por sua terra, lembranças e emoções!
‘(...) vem a banda de seu Licurgo Piruá, que apresenta entre outras figuras três meninos de branco, tocando prato e batendo bumbo a todo pulso, com entusiasmo consciencioso, com muita valentia e competência ‘.
Eugênia Sereno
Até lá...
Paz e bem!
Sônia Gabriel
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Nós e Deus - construtores de jardins!
Enquanto guardo as malas, desfaço embrulhos e separo os postais e fotos desta viagem, reveladora para mim, penso nos jardins e penso em Deus.
O que mais eu vi em Paris, nas cidades interioranas da França e em Londres, além de monumentos, foram jardins. Aqui, no Jardin des Tuileries (Jardim das Tulherias) que está rodeado pelo Louvre, pelo Sena, pela Place de la Concorde e pela Rue de Rivoli, pensei no Primeiro Jardim, o Éden. Pensei nos jardins dos homens.
Jardins que os homens insistem em reproduzir de seus sonhos de estarem perto de Deus, os dedicando à beleza. Me visitou a memória o jardim de Ruth Guimaães.
A amplitude do espaço repleto de ar frio e livre nos remete ao Onipotente, Onisciente e claro, em cada planta, banco, estátua, rosto estrangeiro, Onipresente.
Caminhando ou zelando pelas vidas, Deusas e Mulheres agradecem pela colheita fecunda.
A beleza perene das folhas caindo neste outono (de lá) em contraste com a eternidade imposta por homens breves. Nem por isso, menos belo.
Alcançar ou ferir o céu? Como nas paixões humanas, talvez, as duas motivações.
A imensidão dos jardins quase celestiais, a imensidão das praças humanas e nós, pequenos, nos agigantando de amor por tudo que podemos construir... de belo!
Ainda não encontrei a Capela que aguardo, as Igrejas e Catedrais estão me seduzindo, me cercando.
As portas que tanto gosto de abrir, de evitar fechadas, permitindo a luz e o ar, tão pequenas no meu cotidiano. Precisaria de mais apaixonados, como eu, pelo ar para conseguir abrir esta.
O céu está sempre onde tem que estar, nós é que temos que lutar para não esquecer de vê-lo. O céu de Paris se impôs sobre mim e minha alma se emocionou, viajou, vagou entre páginas e mais páginas dos livros sorvidos até aqui, da imensidão de imagens das telas capturadas, mas em nenhum momento foi mais...
... que minha corajosa e falível condição humana. Viva a vida! Que se faça o céu de cada um na beleza e bondade Divinas.
Sônia Gabriel
O que mais eu vi em Paris, nas cidades interioranas da França e em Londres, além de monumentos, foram jardins. Aqui, no Jardin des Tuileries (Jardim das Tulherias) que está rodeado pelo Louvre, pelo Sena, pela Place de la Concorde e pela Rue de Rivoli, pensei no Primeiro Jardim, o Éden. Pensei nos jardins dos homens.
Jardins que os homens insistem em reproduzir de seus sonhos de estarem perto de Deus, os dedicando à beleza. Me visitou a memória o jardim de Ruth Guimaães.
A amplitude do espaço repleto de ar frio e livre nos remete ao Onipotente, Onisciente e claro, em cada planta, banco, estátua, rosto estrangeiro, Onipresente.
Caminhando ou zelando pelas vidas, Deusas e Mulheres agradecem pela colheita fecunda.
A beleza perene das folhas caindo neste outono (de lá) em contraste com a eternidade imposta por homens breves. Nem por isso, menos belo.
Alcançar ou ferir o céu? Como nas paixões humanas, talvez, as duas motivações.
A imensidão dos jardins quase celestiais, a imensidão das praças humanas e nós, pequenos, nos agigantando de amor por tudo que podemos construir... de belo!
Ainda não encontrei a Capela que aguardo, as Igrejas e Catedrais estão me seduzindo, me cercando.
As portas que tanto gosto de abrir, de evitar fechadas, permitindo a luz e o ar, tão pequenas no meu cotidiano. Precisaria de mais apaixonados, como eu, pelo ar para conseguir abrir esta.
O céu está sempre onde tem que estar, nós é que temos que lutar para não esquecer de vê-lo. O céu de Paris se impôs sobre mim e minha alma se emocionou, viajou, vagou entre páginas e mais páginas dos livros sorvidos até aqui, da imensidão de imagens das telas capturadas, mas em nenhum momento foi mais...
... que minha corajosa e falível condição humana. Viva a vida! Que se faça o céu de cada um na beleza e bondade Divinas.
Sônia Gabriel
Assinar:
Postagens (Atom)