(Jornal de Caçapava, 09 de março de 2012.)
Esta questão merece uma profunda reflexão. Questão para bem mais que um dia, nós mulheres precisamos reservar espaço e saúde interior para esta consideração, para labutar conscientemente na construção nossa de cada dia. Quem somos nós? As definições dos dicionários já não bastam. A biologia já não basta. Que nos forneça a sabedoria o bastar para vivermos, com alegria e serenidade, nossa feliz e essencial condição.
Necessitamos cogitar, optar pelas inúmeras faces de nossa qualidade de mulheres não é tão simples como a mídia apresenta. Sorrisos de mulheres, ditas bem sucedidas, em capas de revistas não revelam as agruras cotidianas para se fazer respeitar e cavar espaço mantendo o respeito próprio.
Impossível, revisitando a história, não sentir orgulho de nossa feminina construção histórica; impossível não aceitar a urgência da reflexão sobre nosso contemporâneo contexto. Ausentar-se dessas considerações não dignifica todo o processo já construído, não valoriza todas as nossas antepassadas que lutaram, muitas sem usufruir, por nossa maior liberdade e dignidade humanas.
E então, quem somos nós? Valemos mais que um dia, valemos por nossas vidas inteiras. Aproveitemos este dia de comemoração, mas não nos esqueçamos de refletir e insistir; comunicação sempre foi o nosso forte, usemos a nosso favor.
Sônia Gabriel
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