(Jornal de Caçapava, 14 de setembro de 2012.)
Antes de Campos do Jordão ter este nome, era uma região que pertencia a Antonio Ignácio Caetano. Diz a lenda que ele era um homem muito miserável quando a questão era dinheiro. Depois que ele morreu, começou a correr por entre o povo que, em vida, havia enterrado todo o ouro que acumulara. E, segundo o povo, não era pouca coisa.
A imaginação popular encheu-se e o sonho de encontrar a fortuna foi tomando força. O local do suposto abrigo para o tesouro tinha até endereço: caldeirões e potes de ouro em uma lomba larga entre três pinheiros, mas exatamente onde? Contam, ainda, que quando foi enterrar o ouro levou consigo um escravo. O pobre desafortunado cavou um buraco bem fundo, enterrou o tesouro e sua recompensa pelo esforço da empreitada foi a morte. Para que ninguém descobrisse o local exato, o desbravador matou o escravo e enterrou-o.
Depois de morto, o fantasma de Antonio Ignácio Caetano costumava cavalgar pelas terras, por entre os animais e pastagens. Há quem acredite que só depois que pagar por todos os seus pecados é que, finalmente, descansará. Seu tesouro ninguém, até hoje , conseguiu encontrar. Também dizem que uma das maneiras de achá-lo é levar na empreitada, três moças virgens e de nome Maria!
Sônia Gabriel
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