Há alguns dias, fui ao encontro de Edna Medici, fotógrafa conhecida, renomada, mas que eu conhecia apenas pela internet. Encantada com suas imagens profissionais, artísticas, mesmo as mais cotidianas, marquei para conversarmos e fazermos algumas fotografias para o livro Tempos Antigos que estou finalizando. O livro está sendo organizado à três mãos: esta aprendiz de escriba sonha, Zenilda Lua seleciona e André Paulo exercita seu talento para o desenho. Está sendo um encontro de gerações, de saberes, de amores, de sonhos e buscas. Mas, ainda estaria reservado um encontro. Quando cheguei ao estúdio de Edna, fui recebida com um caloroso e aconchegante abraço. Abraço mesmo, de gente generosa, nada formal, não adestrado socialmente. Me senti tão à vontade em seu sofá, laureado por um tapete macio, a ponto de me convidar a tirar os sapatos vermelhos presenteados por minha mãe. Vermelho tem alimentado meus dias de labuta. Conversamos sobre meu trabalho, sobre gostos, sobre família, sobre amor, sobre fartura e sua antagonista. Apreciamos o delicioso café da Selma e deixamos a tarde cuidar de nós. Ela o fez. Tudo novo para mim, fiquei observando Edna conduzir equipamentos, luzes, tecidos e eu. Descobri uma Sônia em mim que talvez não tenha espaço na correria do dia-a-dia e nas infindáveis tarefas profissionais e domésticas.
Diante e atrás da câmera, consideramos muito de nossa condição de mulheres, conversamos como velhas amigas o fariam, analisamos os simbolismos de nossa condição feminina. Já em casa, me lembrei das prosas 'clínicas' sobre maturidade. Como diz Dr. Urbano Carvalho, a idade chega de qualquer forma, como a recebemos faz toda diferença em nossas vidas. A força que temos para aceitá-la, vivê-la com sabedoria e alegria é o combustível colecionado durante os dias, cada dia de nossas vidas. Creio nisso!
Eu, quarentona, esposa do Paulo, mãe do André e da Bárbara, professora, pesquisadora e aprendiz de escriba, sou, acima de tudo, uma mulher que se respeita, respeita as marcas do tempo e tem alegria de viver, mesmo não sendo a vida nada fácil. Prosear sobre tudo isso com você, Edna Medici, foi muito especial. Momentos assim devemos celebrar em nossos corações, são alimento para as tardes que talvez venham e não sejam tão especiais.
As fotos aqui postadas não são as que fizemos para o livro (elas estão guardadíssimas). Quando terminou as fotografias para meu trabalho, a fotógrafa fez este registro. Estas são a marca da delicadeza e generosidade da fotógrafa.
Desejo de todo coração para você, Paz e Bem!
Convido-os, caros amigos, a se encantarem com o trabalho desta artista.
Sônia Gabriel
www.ednaperfeitamenteimperfeita.blogspot.com.br
5 comentários:
Meu Deus! O que dizer?
Como agradecer tanto carinho?
Ah, talvez se pudesse olhar meus olhos agora e o sorriso que não quer fechar, saberia o tanto que tenho a dizer e simplesmente não encontro palavras.
Obrigada, amiga!
Obrigada por tornar-me tão melhor!
Edna, eu agradeço. Devemos ser gratos ao universo pelos belos encontros na vida. É tão bom.
Mulheres queridas, amigas sensíveis...o resultado só poderia ser esse: a beleza e a criatividade retratadas pelo talento desta artista que capta, como ninguém, a nossa alma! Parabéns! Lindas fotos, lindo texto, linda amizade! Viva as mulheres! Sempre!
Ludmila, quando crescer quero ser bela como você! Comentei com a Edna como acho você sensual, linda demais. Nem precisava ser tão talentosa, rsrs. Meu blog está cheio de poderosas, adoro isso. Beijos, Lud.
Ai meu Deuso!
Eu quero porque quero uma sessão dessa! Você é "abençoada por Deus e bonita por natureza", mas esta cor vermelha e sedosa deixaram você irritante de Tão linda!
Cê tome tento menina...
te amo. Vamos juntas nesse tempo!
bjZ sonoros
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