(Jornal de Caçapava, 10 de abril de 2015.)
Hoje é
terça-feira, o dia em que tento colocar os escritos em ordem; tento, pois a
semana ficou um bocado mais apertada para mim e o tempo para as crônicas parece
diminuir cada vez mais, engolido pela escrita de relatórios e registros que,
talvez, nunca sejam lidos, e, pela escrita de alguns estudos, esta muito
prazerosa apesar de onerosa, mas está valendo a pena pagar o preço do tempo.
Semana
passada, a editora deste jornal me lembrou de que se aproxima o aniversário da
cidade e hoje quando acordei e, costumeiramente, a primeira coisa que faço
depois de abrir os olhos e me levantar da cama (risos), abri a janela. Que
lindo! Está chuviscando e vocês sabem que eu amo a chuva fina e as manhãs. Eu
amo e vocês sabem! Sabem por que me acolheram em suas manhãs de sexta-feira. Sinto-me
muito honrada por isso. Sempre recebo algum recado, algum comentário sobre
minhas mal traçadas linhas e cresço sob a leitura carinhosa dos caçapavenses.
Nossos encontros nesta coluna são
despretensiosos, não me impeli a incumbência de salvar o mundo, aliás, tenho
muito medo dos que querem salvar o mundo, pois geralmente não respondem à
algumas questões muito importantes para se ter a pretensão sã de salvá-lo, mas
essas questões ficarão para uma outra prosa. Nossos encontros tratam do
cotidiano singelo nosso. Nosso dia após dia que na soma das parcelas pagas com
nosso trabalho; nossas lutas pela sobrevivência; nossa coragem de cuidar e de
amar nossas famílias, sim, há que se ter coragem para amar; nosso respeito para
com os amigos. Assim me sinto em relação à Caçapava, é uma amiga muito querida.
Gosto de passear pela cidade onde o acolhimento é sempre muito evidente, como
são simpáticos os caçapavenses. De vez em quando, visito as ruas mais antigas;
a igreja onde “Paz e bem”, essa expressão que tanto uso, está em letras garrafais;
sou assídua da Procissão de Corpus Christi, a mais bela que já vi; adoro a taiada
do Mercadão e a Festa de São João; aprecio demais essa gente especial e
talentosa da Academia Caçapavense de Letras; tenho um quê de doçura pela
idealista editora deste jornal... Uma cidade é feita de sua gente. Como não ser
Caçapava uma cidade especial com tanta gente especial amando, trabalhando, escrevendo,
contando para as outras cidades do Vale do Paraíba sobre os encantos dessa Moça
Simpática que é Caçapava?
De minha
parte, sou muito grata pela acolhida de todos vocês, me lapido no olhar do
cotidiano aonde somos de verdade, me enriqueço por conviver com pessoas que
tanto têm a ensinar. Feliz aniversário, Caçapavenses! Obrigada por acolherem esta
aprendiz de escriba.
Paz e bem!
Sônia Gabriel
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