(Jornal de Caçapava, 15 de janeiro de 2016.)
Conheci Luíza há 22 anos. Mulher alta, negra, bonita, sorridente, religiosa e sempre á disposição para servir o próximo. Literalmente. Não aquele servir se der, quando possível e dentro das condições que ela determinar. Já fez muitos sacrifícios pelos seus, já se dedicou muito pelos familiares e amigos.
Luíza é dessas mulheres raras que agregam, naturalmente, amigos, conhecidos e parentes em uma única, grande e generosa família. Essa amiga querida que conheci assim que casei, ao longo dos anos, se fez parte da nossa família e nos tornou parte da sua. Luíza trabalha; dobra os joelhos em suas delicadas e fortes orações; é devota e cuidadora da sua amada Folia de Reis; zela por seus filhos, irmãos que criou como filhos, sobrinhos e neta com afinco; cozinha maravilhosamente bem e serve pelo prazer de servir. Tudo faz com amor. Servi-la, diante de tanto, também é um grande prazer.
Amizade é isso... Amor fraternal é isso...
Ano passado, diante do momento mais difícil da minha vida, as palavras, as orações e a fé de Luíza, em toda sua suposta simplicidade (como ela acha), me valeram mais que qualquer livro na estante, me valeram mais que pensadores e intelectuais, me valeram mais que todo o estudo que acumulei.
Luíza é a realidade; pessoa de carne e osso que carrega sua crença, seus valores e sua verdade sem a pretensão de convencer, as vive. Sabedoria de fato e não como muitas pretensas que encontramos em teses, discursos e palestras muitas vezes tão superficiais. É o exemplo para além da teoria.
Passou a dificuldade, estão cicatrizando os vestígios e permanece a leveza da companhia de Luíza.
Não poderia chegar ao Natal sem fazer esse agradecimento, Luíza, por sua existência!
Que bom que nos foi permitido esse encontro. Deus a proteja sempre; conserve-nos esse lugarzinho que tanto amamos em sua família. Você é um presente para todos aqueles que têm o privilégio de conviverem contigo.
Paz e bem!
Obrigada!
PS: Luíza me ligou recentemente, ficou sabendo dessa mensagem que foi escrita para ela. Agradeceu (como se precisasse!) comovida e se colocou à disposição para o que eu necessitasse, como sempre; enviou beijos para todos da minha família, todos mesmo. Deixou benção para meus filhos os quais ela trata sempre pelos apelidos carinhosos. É isso, desejo para todos nós, neste ano que se inicia, um mundo com mais Luízas.
Luíza
Luiza, Babi e eu.
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