Mais um estreante em nosso Dia Valeparaibano de Contar histórias...
Ameaçado na madrugada
"José Manuel acordou ofegante, assustado com um pesadelo. Esfregou os olhos vivos e o nariz protuberante, percebendo que estava suado. Conhecia bem estas noites. Tentar dormir novamente seria perda de tempo. Decidiu ir trabalhar.
Vestiu-se como pôde e desceu as escadas para o hall de entrada da casa, verificando as luzinhas vermelhas dos alarmes. Na cozinha, serviu-se do resto do café e seguiu para o escritório.
José sentou-se diante do computador e aguardou o iniciar da máquina enquanto apreciava o café morno. Era advogado criminalista e com trinta e cinco anos já havia livrado da cadeia os piores tipos. Com isso, mantinha uma vida de rei. Agora, tinha um caso particularmente complexo. Mafiosos contra um político corrupto. O político tinha certeza de que ele era o homem ideal para resolver o caso.
Abrindo os e-mails, encontrou um curioso. Uma ameaça anônima, feita no dia anterior. Não se preocupou: durante a carreira recebeu várias. Finalizada a leitura, começou a analisar o caso.
Passada mais de meia hora, um estampido em outro cômodo lhe chamou a atenção. José visualizou homens de terno preto e armas em capas de instrumentos. Riu da ideia.
O barulho voltou, acompanhado de algo se arrastando. Decidiu verificar o hall. O espaço estava escuro, mas nada mudou. Ainda incomodado, foi à cozinha. As louças estavam espalhadas pela pia. Com o coração a mil, começou a reorganizar as peças. Nisso, sentiu algo se movendo atrás de si e ouviu um estalo, como um gatilho.
Virou-se com tudo e deu um grito! De susto e alívio. Era só o gato. Ainda não seria essa noite..."
André Paulo
2 comentários:
André, que bom! Obrigada por dividir sua história com a gente. Espero ano que vem, de novo! Estou tão orgulhosa, com amor...
Obrigado, mãe -André
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