Em 2006, encontrei-me com Eugênia Sereno pela primeira vez.
Recebi em Lorena, através do Instituto de Estudos Valeparaibanos, o Prêmio Cultural Eugênia Sereno. Todos os anos, o IEV, entrega este prêmio como reconhecimento pelos trabalhos, realizados no Vale do Paraíba, que visem a valorização de nossa História e Cultura.
Recordo perfeitamente do sentimento que tive ao ler aquele nome. Nada dela eu sabia a não ser que tinha sido uma escritora da região. Ler seu nome naquele diploma aguçou-me a curiosidade. Ainda hoje, repito esta ação de quando em quando.
Algumas semanas depois, uma colega de trabalho mencionou que estava lendo o Pássaro da Escuridão, fiquei desesperada para ter o livro em minhas mãos, já que não conseguia encontrá-lo para compra, nem mesmo em sebos. Ela trouxe-me seu exemplar. Confesso que fiquei frustrada, era apenas uma cópia. Mesmo assim, foi um prazer passar os olhos por aquelas linhas, uma imensidão de páginas refletindo uma vida igualmente imensa.
Nasceu ali a paixão por um livro misterioso e sua autora não menos enigmática.
Mistérios tendem a me perseguir!
Naquele mesmo ano, em dezembro, encontrei-me pessoalmente com Rita Elisa Sêda.
Nos jardins do Museu do Folclore (nada mais apropriado)conversamos, também pela primeira vez, sobre Eugênia Sereno. Falei sobre meu encantamento e vontade de conseguir o livro para ler pacientemente. Iniciamos uma amizade literária em torno de uma escritora sui generis.
Muito começou a acontecer a partir dali...
Sônia Gabriel
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